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Estado de Minas QUITO

Carros-bomba e ataques com granadas abalam a capital do Equador


31/08/2023 16:17
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Quito foi alvo de ataques incomuns com granadas e de pelo menos dois carros-bomba contra a autoridade penitenci�ria do Equador, cujas pris�es funcionam como centros de opera��es para gangues de traficantes.

Os ataques, que come�aram na noite de quarta-feira em uma zona comercial de Quito, n�o deixaram v�timas. S�o um novo exemplo do poder do crime organizado em um pa�s cada vez mais violento, que at� poucos anos atr�s era um o�sis de paz entre a Col�mbia e o Peru, os dois maiores produtores mundiais de coca�na.

Foi "um dia nada f�cil, com uma tarde e uma madrugada complexas e estranhas", lamentou, nesta quinta-feira (31), o prefeito da capital equatoriana de tr�s milh�es de habitantes, Pabel Mu�oz.

Os dois carros-bomba, um sed� e uma caminhonete, estavam carregados com botij�es de g�s, confirmou um fot�grafo da AFP. Um deles explodiu em frente � atual sede do �rg�o estatal que administra as pris�es (SNAI) e o outro nas proximidades de um pr�dio que antes abrigava escrit�rios do SNAI.

O diretor de Investiga��o Antidrogas da pol�cia, Pablo Ram�rez, disse aos rep�rteres que o sed� tinha "dois cilindros de g�s com combust�vel, um fus�vel lento e aparentemente dinamite".

"N�o h� pessoas afetadas", relataram os bombeiros.

Em meio � sangrenta guerra entre gangues, as pris�es t�m sido foco de diversos massacres que deixam mais de 430 presos mortos desde 2021.

Al�m disso, tr�s granadas explodiram em Quito, informou o prefeito Pabel Mu�oz na rede social X, antigo Twitter.

Seis pessoas, incluindo um cidad�o colombiano, foram detidas a v�rios quil�metros do local de uma das explos�es, segundo Ram�rez. Elas t�m antecedentes por extors�o, roubo, homic�dio e est�o supostamente ligadas ao ataque, acrescentou.

"Tr�s delas foram presas h� 15 dias por roubo de caminh�o e sequestros para extors�o em diversos pontos da cidade e foram libertadas com medidas alternativas", disse o chefe policial.

- Presos transferidos -

Embora os assassinatos, sequestros e extors�es se multipliquem no Equador, este tipo de ataque � raro na capital equatoriana.

O sed� e a caminhonete ficaram destru�dos. Segundo a pol�cia, dois cidad�os em uma motocicleta "teriam jogado l�quido inflam�vel" contra o sed� estacionado e carregado com dois botij�es de g�s.

O SNAI transferiu prisioneiros para outras penitenci�rias na quarta-feira para evitar confrontos entre gangues de traficantes.

Ram�rez sustentou que a mudan�a de pres�dio dos internos "possivelmente seria" o que motivou a explos�o dos carros-bomba naquele local.

"Querem intimidar o Estado para nos impedir de continuar cumprindo o papel que as for�as armadas e a pol�cia t�m no controle desses centros penitenci�rios", disse o ministro da Seguran�a, Wagner Bravo, � r�dio FM Mundo.

Em janeiro de 2018, um carro-bomba explodiu em frente a um quartel policial em uma cidade equatoriana na fronteira com a Col�mbia (norte), deixando 23 feridos.

A viol�ncia se intensifica em plena campanha para o segundo turno das elei��es presidenciais no Equador, com vota��o marcada para 15 de outubro. Um dos favoritos no primeiro turno, o ex-jornalista Fernando Villavicencio, foi morto a tiros por assassinos colombianos em 9 de agosto, em Quito.

- Guardas sequestrados -

Diante da guerra entre organiza��es que possuem v�nculos com cart�is mexicanos e colombianos, Lasso decretou em 24 de julho estado de exce��o por 60 dias para todo o sistema penitenci�rio do Equador, o que permite mobilizar os militares para controlar as pris�es.

Com o mandato, centenas de soldados e policiais participaram na quarta-feira de uma opera��o para procurar armas, muni��es e explosivos em uma penitenci�ria na cidade andina de Latacunga (sul), que j� foi cen�rio de disputas fatais entre os detentos.

Em protesto contra a interven��o, detentos de uma penitenci�ria da cidade de Cuenca (sul andino) tomaram v�rios carcereiros como ref�ns. "Os servidores sequestrados est�o bem", afirmou o SNAI, sem informar se eles foram liberados.

A cidade portu�ria de Guayaquil (sudoeste), a segunda maior do Equador, virou um reduto da viol�ncia dos grupos ligados ao narcotr�fico, com carros-bomba, massacres em penitenci�rias, cad�veres esquartejados e pendurados em pontes, sequestros e extors�es.

Grupos de narcotraficantes, que usam as pris�es como centros de opera��es, tamb�m se enfrentam nas ruas. A taxa de homic�dios no pa�s atingiu o recorde de 26 para cada 100.000 habitantes em 2022, quase o dobro do ano anterior.

Desde 2021, o Equador apreendeu 530 toneladas de coca�na.

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