A maior economia do mundo criou 187 mil empregos em agosto, de acordo com o Departamento do Trabalho, mas o aumento de sal�rios caiu, enquanto a taxa de desemprego subiu para 3,8%, frente aos 3,5% de julho.
O aumento nos dados de gera��o de emprego ocorre enquanto os n�meros do emprego relativos a junho e julho foram ambos revistos para baixo. Ao mesmo tempo, as cifras sinalizam, em geral, um ritmo constante de contrata��es, enquanto o mercado de trabalho d� sinais de abrandamento.
Um mercado de trabalho relativamente forte aumentou as expectativas de que os Estados Unidos pudessem reduzir a infla��o sem levar a economia a uma recess�o.
"As pessoas est�o (...) voltando para seus locais de trabalho", disse o presidente Joe Biden � imprensa, elogiando a elevada propor��o de americanos no mercado em idade economicamente ativa.
Nesta sexta-feira, dados do Departamento do Trabalho mostraram que a renda m�dia por hora em agosto subiu 0,2%, mais lentamente do que no m�s anterior. E, embora a taxa de desemprego tenha aumentado, isto resultou de um aumento de 0,2 ponto percentual na taxa de participa��o da for�a de trabalho - depois de ter permanecido est�vel desde mar�o.
Ainda segundo o mesmo relat�rio, o n�mero de "estreantes" entre os desempregados, referente �s pessoas sem experi�ncia profissional anterior, tamb�m aumentou.
Biden observou que, embora alguns especialistas tenham dito que um desemprego mais alto e sal�rios mais baixos poderiam ser necess�rios para colocar a infla��o sob controle, ele "nunca pensou que esse fosse o problema".
O presidente americano, que tenta reverter um persistente sentimento negativo em rela��o � economia em meio � sua campanha pela reelei��o, ressaltou que sua agenda econ�mica para investir no pa�s e nos americanos - a "Bidenomics" - est� funcionando.
- "Desacelera��o not�vel" -
"o emprego em folha aumentou em agosto, mas com as revis�es para baixo na taxa de crescimento do emprego em junho e julho observadas neste relat�rio, o efeito cumulativo � uma desacelera��o percept�vel no mercado de trabalho", disse Mike Frantantoni, economista-chefe da Mortgage Bankers Association.
Em comunicado divulgado nesta sexta, o Departamento de Trabalho detalhou que "o emprego manteve sua tend�ncia ascendente nos servi�os de sa�de, lazer e hotelaria, assist�ncia social e constru��o", enquanto "nos transportes e na log�stica diminuiu".
A escassez de m�o de obra desde a pandemia da covid-19 levou os empregadores a aumentarem os sal�rios, uma boa not�cia para os trabalhadores, mas que contribuiu para disparar a infla��o.
Para que a infla��o volte a um n�vel aceit�vel, de forma duradoura, � necess�rio um "relaxamento das condi��es do mercado de trabalho", declarou recentemente o presidente do Fed, Jerome Powell.
- Mais equil�brio -
Os n�meros de agosto s�o um "grande passo para um mercado de trabalho normal", disse Robert Frick, economista da Navy Federal Credit Union.
"A tend�ncia de crescimento do emprego continuou se moderando, a taxa de desemprego aumentou, a taxa de participa��o (da for�a de trabalho na economia) aumentou, e o crescimento da renda tamb�m se moderou: todos sinais de que a oferta e a demanda de trabalho se equilibram mais", afirmou Nancy Vanden Houten, da Oxford Economics.
H� mais de dois anos, os empregadores americanos enfrentam dificuldades para contratar pessoal suficiente, devido, sobretudo, � antecipa��o da aposentadoria e � imigra��o insuficiente.
Os trabalhadores abandonaram seus empregos em massa, trocando-os por vagas com melhores sal�rios, ou para trabalhar de casa, uma medida que ficou conhecida como "a grande ren�ncia".
"Continua havendo mais ofertas de trabalho do que desempregados", afirma o vice-presidente da Associa��o Banqueiros Hipotec�rios (MBA, na sigla em ingl�s), Mike Fratantoni.
Em pleno per�odo de volta �s aulas, a cidade da Filad�lfia n�o tem um n�mero suficiente de motoristas de �nibus escolares, os famosos �nibus amarelos, e oferece US$ 300 por m�s (cerca de R$ 1.479,00 na cota��o atual) aos pais que levarem seus filhos para a escola.
"A queda das press�es salariais e uma alta da taxa de atividade s�o encorajadoras. Confirmam certa flexibiliza��o das condi��es do mercado de trabalho", disse Rubeela Farooqi, economista da High Frequency Economics, que estima que estes dados favorecem a que o Fed mantenha sua taxa b�sica de juros inalterada.
WASHINGTON