Em 30 de agosto, os militares proclamaram o "fim do regime" de Ali Bongo, que governou o pa�s durante 14 anos, menos de uma hora depois da proclama��o da sua reelei��o ap�s as elei��es de 26 de agosto, e argumentaram que a vota��o tinha foi fraudada.
Um dia depois, todos os chefes do Ex�rcito e da pol�cia reunidos Comit� para a Transi��o e Restaura��o das Institui��es (CTRI), chefiado pelo general Oligui, acusaram o entorno do chefe de Estado em pris�o domiciliar de "desvio em massa" de dinheiro p�blico e de "governan�a irrespons�vel".
"Juro por Deus e pelo povo gabon�s preservar fielmente o regime republicano (e) preservar as conquistas da democracia", disse o general, vestindo um traje cerimonial vermelho da Guarda Republicana, a unidade de elite do ex�rcito.
Diante de centenas de convidados, incluindo ministros depostos de Ali Bongo e autoridades do seu partido, o general exortou-os a participar de uma futura Constitui��o que ser� "adotada por referendo", assim como um novo c�digo eleitoral e penal "mais democr�tico e respeitoso com os direitos humanos".
Ele tamb�m prometeu "entregar o poder aos civis por meio de elei��es livres, transparentes e cred�veis".
Ali Bongo Ondimba, de 64 anos, em pris�o domiciliar desde o golpe de Estado, foi eleito em 2009 ap�s a morte do seu pai, Omar Bongo Ondimba, que governou o pa�s durante mais de 40 anos.
A Uni�o Africana, a Uni�o Europeia, a ONU e grande parte dos pa�ses ocidentais condenaram o golpe, mas indicaram que, ao contr�rio de outros golpes em pa�ses do continente (oito em apenas tr�s anos), este foi precedido por uma elei��o claramente fraudulenta, o que o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, descreveu como um "golpe de Estado institucional".
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