O evento, realizado no Sal�o Dourado da Legislatura da Cidade de Buenos Aires, foi repudiado pelas M�es da Plaza de Mayo, sindicatos e partidos pol�ticos de esquerda por consider�-lo "negacionista" do terrorismo de Estado durante a �ltima ditadura (1976-1983).
"Os direitos humanos s�o para todos", disse Villarruel atrav�s da rede social X, antigo Twitter, pouco antes do in�cio do evento, que ocorreu sob forte opera��o policial com barricadas que fecharam o acesso � Legislatura.
O evento homenageou as v�timas da guerrilha nos anos turbulentos que antecederam o golpe militar de 24 de mar�o de 1976, que inaugurou a ditadura civil-militar na Argentina, que em sete anos deixou cerca de 30.000 desaparecidos, de acordo com organiza��es de direitos humanos.
"Por 40 anos, as v�timas do terrorismo foram apagadas da mem�ria e varridas sob o tapete da hist�ria, foram negadas", disse Villarruel no evento. "N�o podemos continuar olhando para o lado", acrescentou.
Segundo seus detratores, a homenagem buscava reviver a chamada "teoria dos dois dem�nios", que equipara os atos da guerrilha ao terrorismo praticado pelo Estado.
"Esse tipo de reivindica��o sobre a ditadura � uma viola��o dos direitos humanos e, infelizmente, tem representa��o institucional", disse a legisladora Victoria Montenegro, presidente da Comiss�o de Direitos Humanos da Legislatura, filha de desaparecidos durante a ditadura e apropriada ao nascer por um militar.
"Como com os nazistas, onde quer que eles v�o, iremos busc�-los!", gritaram os manifestantes que permaneceram do lado de fora da Legislatura para vaiar o evento.
Villarruel de 48 anos, � deputada nacional pelo partido A Liberdade Avan�a de Milei e advogada de profiss�o. Ela defendeu a exist�ncia de "uma guerra" durante a ditadura e considerou que a express�o "terrorismo de Estado" n�o � apenas infeliz, mas tamb�m confusa.
Javier Milei, ultraliberal e antissistema, foi o candidato mais votado nas prim�rias de agosto (29,86%).
BUENOS AIRES