A missa "em desagravo pelos ultrajes ao papa Francisco na campanha pol�tica" com vistas �s elei��es gerais de 22 de outubro na Argentina foi celebrada em frente � par�quia dos Milagres de Caacup�, localizada na favela 21-24, no sul da capital argentina, na presen�a de mil assistentes.
Desde que lan�ou sua candidatura � Presid�ncia, Milei, que � deputado federal, tem feito cr�ticas e insultos ao papa nas redes sociais, bem como em entrevistas e declara��es.
Em v�rias ocasi�es, ele se referiu a Francisco como "o maligno na Terra que ocupa o trono da casa de Deus" e o acusou de "impulsionar o comunismo". Tamb�m o chamou de "nefasto" e "imbecil".
No entanto, ap�s as prim�rias de 13 de agosto, nas quais foi o candidato mais votado (29,86%), Milei moderou suas palavras e disse que se chegar � Presid�ncia e o papa visitar a Argentina, o receberia "como um chefe de Estado" por que ele � "o chefe espiritual da grande maioria dos argentinos".
- Desagravos -
"Esta missa � para rejeitar inj�rias e em apoio ao papa Francisco", disse, durante a celebra��o, o sacerdote Jos� "Pepe" Di Paola, que trabalhou estreitamente com Jorge Bergoglio quando o hoje pont�fice era arcebispo de Buenos Aires antes de ser nomeado papa, em 2013.
"O papa �, para n�s, aquele que guia e que chega com sua palavra ao cora��o das pessoas que n�o s�o da nossa religi�o e atualmente tem sido alvo de ofensas", disse Di Paola em sua homilia.
"� indigno de um candidato dizer 'a merda da justi�a social' quando parte do Evangelho, da doutrina social da Igreja, � o amor ao pr�ximo", disse.
Milei definiu a justi�a social como "a maior aberra��o" pol�tica.
"Essa prega��o vai contra a f� do papa Francisco, que � a pessoa que ele ataca mas, definitivamente, o ataque vai contra nossa f� e o humanismo", disse Di Paola.
"O religioso considerou que o resultado das prim�rias � produto "do voto de raiva", em um momento em que o pa�s sofre com uma infla��o que passa dos 100% ao ano.
"� bom que se entenda que � para toda a classe dirigente, para que coloquem sobre suas mesas a agenda dos bairros populares: seguran�a, trabalho e melhor educa��o", disse.
BUENOS AIRES