A China mant�m rela��es pr�ximas com o governo de Maduro, isolado internacionalmente, e � um dos principais credores da Venezuela, cujo PIB registrou queda de 80% em uma d�cada, consequ�ncia da crise.
Depois de pousar em Shenzhen (sul), sob chuva, Maduro afirmou que est� preparado para "uma visita hist�rica para o fortalecimento dos la�os de coopera��o e a constru��o de uma nova geopol�tica mundial", em v�deo publicado na rede social X (antes Twitter).
"Chover�o boas not�cias para o povo venezuelano", acrescentou.
Pequim deseja a visita, que prosseguir� at� quinta-feira (14), sirva para levar as rela��es entre os dois pa�ses a "uma nova era", declarou Mao Ning, porta-voz do minist�rio chin�s das Rela��es Exteriores.
"A confian�a pol�tica m�tua entre os dois pa�ses est� se tornando muito s�lida e a coopera��o em v�rios setores est� em expans�o cont�nua", destacou a porta-voz.
Maduro tamb�m visitar� outros "pa�ses amigos", anunciou o presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodr�guez, sem revelar mais detalhes.
- "Uma rela��o de ferro" -
A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodr�guez, visitou Xangai e Pequim esta semana e se reuniu com o ministro chin�s das Rela��es Exteriores, Wang Yi.
"China e Venezuela constru�ram uma rela��o de ferro que n�o pode ser rompida, e a China apoia firmemente a Venezuela na defesa de sua independ�ncia nacional e dignidade nacional", disse Wang.
A visita tinha como objetivo conseguir novos investimentos da China para o setor de petr�leo e discutir poss�veis a��es conjuntas entre empresas dos dois pa�ses, segundo a ag�ncia Bloomberg.
"Extraordin�ria reuni�o de trabalho com a qual fortalecemos nossas rela��es bilaterais, a amplia��o da coopera��o estrat�gica e do trabalho conjunto internacional, em favor da paz e do respeito aos princ�pios e prop�sitos da Carta da ONU", escreveu Rodr�guez na rede X.
Nicol�s Maduro Guerra, deputado e filho do presidente, que tamb�m viajou � China, informou que acompanhou Rodr�guez em uma reuni�o com a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, que comanda o banco dos BRICS.
Esta ser� a oportunidade, segundo ele, de "ratificar a vontade da Venezuela de aderir" ao bloco de pa�ses emergentes, formado por Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul.
A visita anterior de Maduro � China aconteceu em 2018, quando elogiou a vis�o do presidente Xi Jinping de um "destino comum para a humanidade". A viagem desta sexta-feira representa a 11� visita do venezuelano ao gigante asi�tico.
Xi visitou o pa�s latino-americano em 2014.
- San��es -
A visita de Maduro a China acontece no momento em que os l�deres mundiais se re�nem na �ndia para um encontro de c�pula do G20 na qual o presidente chin�s estar� ausente
China emprestou 50 bilh�es de d�lares para a Venezuela na d�cada de 2010, um valor que o pa�s sul-americano se comprometeu a pagar com envios de petr�leo.
Em 2018, ano em que Maduro venceu elei��es que n�o foram reconhecidas por grande parte da comunidade internacional por supostas irregularidades, a d�vida superava 20 bilh�es de d�lares.
Em 2019, o governo dos Estados Unidos e parte da comunidade internacional reconheceram Juan Guaid�, l�der da oposi��o e que se autoproclamou presidente interino. O presidente americano na �poca, Donald Trump, aplicou v�rias san��es contra Caracas.
A oposi��o venezuelana encerrou em janeiro a presid�ncia interina, por considerar que n�o cumpriu os objetivos de mudan�a pol�tica.
O atual governo americano, do presidente democrata Joe Biden, insiste que n�o reconhece Maduro como presidente e prossegue com a maioria das san��es.
Washington, no entanto, aprovou no ano passado um projeto de petr�leo da empresa americana Chevron e afirmou que est� disposto a aliviar a press�o caso sejam alcan�ados acordos entre Maduro e a oposi��o para as elei��es presidenciais previstas para 2024.
A Venezuela registrou crescimento em 2022, ap�s oito anos seguidos de recess�o.
A recupera��o foi impulsionada pela flexibiliza��o dos controles econ�micos rigorosos, cen�rio que levou a uma dolariza��o informal diante da fragilidade da moeda local, o bol�var, e � redu��o da infla��o, embora o �ndice permane�a entre os mais elevados do mundo.
A economia venezuelana, no entanto, come�ou a registrar um processo de desacelera��o no fim do ano passado. Maduro insiste que o PIB vai crescer mais de 5% em 2023, rebatendo as proje��es de v�rios analistas.
PEQUIM