AIEA lamenta 'diminui��o do interesse' em escalada nuclear do Ir�

O diretor da Ag�ncia Internacional de Energia At�mica (AIEA) afirmou nesta segunda-feira (11) que teme que a comunidade internacional esteja perdendo o interesse em responsabilizar o Ir� pelo avan�o de seu programa nuclear.

Rafael Grossi declarou que notou uma "diminui��o do interesse" de alguns Estados-membros da organiza��o, embora n�o tenha citado quais.

"H� uma certa rotiniza��o do que acontece l� e isso me preocupa, porque as quest�es s�o t�o v�lidas como eram antes", disse o argentino � imprensa, no primeiro dia da reuni�o do Conselho de Governadores da AIEA, em Viena.

As declara��es se produzem em um momento de relaxamento das tens�es entre Ir� e Estados Unidos, que fecharam um acordo em agosto para realizar uma troca de presos.

Na semana passada, a organiza��o da ONU indicou em relat�rios confidenciais consultados pela AFP que o Ir� n�o fez "nenhum progresso" em v�rias quest�es pendentes, como a reinstala��o de c�maras de vigil�ncia em instala��es nucleares ou a presen�a de part�culas nucleares de ur�nio em locais n�o declarados.

Segundo fontes diplom�ticas, os EUA e o chamado G-3 (Fran�a, Alemanha e Reino Unido) n�o pretendem censurar o pa�s do Golfo por sua falta de coopera��o esta semana. Em vez disso, apresentar�o uma declara��o conjunta na reuni�o para tentar obter amplo apoio, disse uma fonte.

Quanto � aproxima��o entre Ir� e os Estados Unidos, Grossi afirmou que Washington os informou sobre esta "esp�cie de processo bilateral", mas que "em rela��o � parte nuclear, n�o est� claro o que est� em debate", insistiu.

As principais pot�ncias mundiais assinaram um acordo com o Ir� em 2015 para que o pa�s interrompesse o seu programa nuclear em troca do relaxamento das san��es. Entretanto, o pacto perdeu for�a desde que os americanos se retiraram em 2018 por decis�o do ent�o presidente Donald Trump e impuseram san��es novamente.

Teer� respondeu intensificando o seu programa nuclear e as negocia��es para restabelecer o pacto ainda n�o chegaram a uma conclus�o.

O Ir� sempre negou ter tentado desenvolver armas nucleares, insistindo que suas atividades s�o inteiramente pac�ficas.