(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas WASHINGTON

Come�a grande julgamento antimonop�lio entre EUA e Google


12/09/2023 12:36
436

O Google se sentou no banco dos r�us nesta ter�a-feira (12), em um processo, por meio do qual a Justi�a americana buscar� dirimir se o dom�nio esmagador de seu motor de busca na Internet se deve a seu rendimento, ou se esse sucesso � alavancado por pr�ticas ilegais.

"Este caso trata do futuro da Internet e se o Google algum dia enfrentar� uma concorr�ncia significativa nas buscas", disse o advogado do Departamento americano de Justi�a (DOJ, na sigla em ingl�s), Kenneth Dintzer, enquanto o governo dos EUA come�ava a apresentar seu caso contra este gigante da tecnologia.

Segundo o DOJ, a empresa consolidou sua posi��o dominante na rede com contratos ilegais com empresas como Samsung, Apple e Firefox para que instalassem seu motor de busca como padr�o em seus smartphones e servi�os.

Cerca de 100 testemunhas v�o comparecer perante o juiz federal Amit Mehta ao longo das dez semanas de audi�ncias previstas.

"Nosso sucesso � merecido", afirmou Kent Walker, diretor jur�dico da Alphabet, empresa matriz do Google, em um comunicado.

"As pessoas n�o usam o Google porque n�o t�m outra op��o, mas porque querem. � f�cil mudar o mecanismo de busca padr�o. N�o estamos mais na era dos modems e dos CD-ROMs", acrescentou.

Esse � o maior processo antitruste j� movido contra uma gigante do setor de tecnologia desde que o Departamento de Justi�a enfrentou a Microsoft, h� mais de 20 anos, pelo dom�nio do sistema operacional Windows.

"Mesmo em Washington, D.C., acho que temos hoje a maior concentra��o de ternos azuis do que em qualquer outro lugar", brincou Mehta, olhando para as dezenas de advogados reunidos no tribunal.

Lan�ado em 1998, o processo do governo dos EUA contra a Microsoft terminou com um acordo em 2001, depois de um tribunal de apela��es ter anulado uma decis�o que ordenava dividir a empresa.

Fundado em 1998 por Sergey Brin e Larry Page, o Google era, ent�o, "o favorito do Vale do Sil�cio, como uma startup pr�spera que propunha uma forma inovadora de pesquisar na nascente Internet", disse o departamento em sua den�ncia, acrescentando que "esse Google desapareceu h� muito tempo".

"Vamos acompanhar o que o Google fez para manter seu monop�lio... N�o se trata do que eles poderiam, ou deveriam ter feito, mas do que fizeram", disse Dintzer ao tribunal.

- Muito em jogo -

O processo se concentrar� nos contratos que o gigante tecnol�gico assinou com fabricantes de dispositivos, operadores de telefonia m�vel (como T-Mobile, ou AT&T;) e outras companhias, por meio dos quais - segundo o governo - deixa poucas possibilidades de concorr�ncia com seus rivais, como Bing (Microsoft) e DuckDuckGo.

O Google, cujo nome virou inclusive verbo para descrever a a��o de pesquisar na Internet, controla 90% desse mercado nos Estados Unidos e no mundo, gra�as �s buscas em smartphones, especialmente em iPhones (Apple) e naqueles que funcionam com o sistema operacional Android, de propriedade do Google.

H� muito em jogo para o grupo.

Se o juiz Amit Mehta decidir a favor do governo, o Google pode se ver obrigado a dividir suas atividades, ou a mudar seu modo de funcionamento.

A empresa j� foi multada em mais de 8,2 bilh�es de euros (US$ 8,8 bilh�es, ou R$ 43,6 bilh�es na cota��o atual) por v�rias infra��es da lei anticoncorrencial na Europa, embora algumas destas decis�es estejam sob recurso.

O presidente Joe Biden tamb�m tem muito em jogo neste processo, iniciado por seu antecessor Donald Trump.

O governo democrata, que processou a Alphabet em janeiro por seu neg�cio publicit�rio, tem-se empenhado em desafiar os gigantes da tecnologia, embora sem muito resultado at� agora.

E, qualquer que seja o resultado do julgamento, � quase certo que a senten�a ser� alvo de recurso por uma das partes, o que poder� prolongar o processo por v�rios anos.

Alphabet Inc.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)