A prefeita da cidade, Montserrat Caballero, detalhou que a promotoria local est� investigando se os cartazes foram colocados por grupos do crime organizado ou por alguma outra pessoa, e vai avaliar se as amea�as justificam o cancelamento do show de Peso Pluma, que j� admitiu ter escrito temas "sob encomenda" de traficantes.
"A mim corresponde proteger a popula��o tijuanense e, por isso mesmo, nos pr�ximos dias, vamos determinar se o show vai acontecer ou n�o", disse Caballero aos jornalistas. A apresenta��o est� prevista para 14 de outubro.
Ve�culos de comunica��o difundiram a imagem de pelo menos um dos cartazes com amea�as ao artista, de 24 anos, que tem como assinatura a sigla "CJNG", correspondente ao Cartel Jalisco Nova Gera��o, uma das organiza��es criminosas mais poderosas do M�xico e com presen�a em diversos pa�ses.
Caballero informou que a pol�cia prendeu uma pessoa vinculada com a coloca��o dos cartazes e que, "at� este momento", o estafe do artista n�o tinha feito qualquer contato com a prefeitura.
Peso Pluma, nome art�stico de Hassan Emilio Kabande Laija, destaca-se como o primeiro mexicano a ter emplacado quase uma dezena can��es entre as 100 mais tocadas dos Estados Unidos, segundo a revista Billboard, e no Top 50 global do Spotify, refer�ncias da ind�stria musical.
O artista aparece em v�rios v�deos vestindo roupas caras de grife e exibindo armas longas. Em pelo menos um deles, exalta diretamente o tamb�m dominante cartel de Sinaloa.
"Sabemos que os cantores como [...] Peso Pluma fazem apologia ao crime, ent�o h� certos grupos que se incomodam e, infelizmente, quem sofre as consequ�ncias s�o os cidad�os que querem assistir a seus concertos e correm risco", acrescentou a prefeita.
Caballero descartou, no entanto, a possibilidade de proibir em Tijuana os shows ou a difus�o dos chamados "narcocorridos" - mistura do g�nero musical mexicano "corrido" com letras que contam hist�rias de traficantes -, apontando que os pais s�o os principais respons�veis pela popularidade do g�nero entre os jovens.
"N�o basta apenas desligar a m�sica, mas saber por que [os jovens] se veem projetados nessas m�sicas", frisou.
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