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Estado de Minas WASHINGTON

Alega��es de Trump s�o a base da tentativa republicana de destituir Biden


12/09/2023 22:52
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Donald Trump foi submetido a um julgamento pol�tico no final de 2019 por chantagear a Ucr�nia em uma tentativa infrut�fera de expor o hist�rico sujo de seu rival na elei��o, Joe Biden. Quatro anos depois, os republicanos alegam ter encontrado um pretexto para impugnar o atual presidente.

Eles alegam que, quando era vice-presidente, Biden se beneficiou pessoalmente dos neg�cios de seu filho Hunter no exterior.

O presidente da C�mara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy, anunciou nesta ter�a-feira (12) que ordenaria uma investiga��o para destituir o l�der democrata, uma medida exigida h� meses por Trump e seus apoiadores de direita no Congresso.

No entanto, ao contr�rio das a��es bem documentadas de Trump que respaldavam um impeachment, os democratas - e at� alguns republicanos - afirmam que o presidente do Comit� de Supervis�o da C�mara, o republicano James Comer, ainda n�o possui evid�ncias de irregularidades de Biden.

- Os lucrativos trabalhos de Hunter -

James Comer alega que a "fam�lia Biden" - sem nomear o presidente - e seus "associados" receberam mais de US$ 20 milh�es (aproximadamente R$ 100 milh�es) em pagamentos de entidades estrangeiras.

Enquanto Hunter Biden tinha liga��es comerciais na China, Cazaquist�o, Rom�nia e outros pa�ses, o an�ncio da investiga��o de McCarthy se concentrou em seus neg�cios com a empresa de energia ucraniana Burisma.

Hunter obter um cargo lucrativo no conselho dessa empresa em 2014, quando seu pai era vice-presidente de Barack Obama e supervisionava a pol�tica dos EUA em rela��o ao pa�s.

O dono da Burisma era Mykola Zlochevsky, um poderoso oligarca afundado em acusa��es de corrup��o, tanto dentro quanto fora da Ucr�nia.

Embora Hunter Biden seja formado em Direito por Yale e tivesse alguma experi�ncia em neg�cios e finan�as, n�o estava claro o que ele poderia contribuir para a Burisma em troca de US$ 1 milh�o (R$ 5 milh�es) por ano.

- Biden exige sa�da de promotor -

Em 2014, os ucranianos se revoltaram e derrubaram o presidente Viktor Yanukovych, apoiado por Moscou. Naquele ano, uma profunda crise econ�mica come�ou na Ucr�nia, que buscou ajuda internacional.

Mas o FMI reteve o novo financiamento e Washington suspendeu uma garantia de empr�stimo de US$ 1 bilh�o (R$ 5 bilh�es) at� que o rec�m-eleito presidente, Petro Poroshenko, tomasse medidas contra a corrup��o.

Em reuni�es com Poroshenko em dezembro de 2015 e janeiro de 2016, Biden disse que o apoio financeiro n�o avan�aria a menos que ele demitisse o procurador-geral Viktor Shokin, que supostamente continuava protegendo oligarcas ucranianos corruptos, incluindo Zlochevsky.

"Eu os olhei e disse: 'Estou saindo em seis horas. Se o promotor n�o for demitido, voc� n�o receber� o dinheiro'", relatou Biden em 2018.

"Bem, filho da m�e. Ele foi demitido", acrescentou.

Com Shokin fora, as propriedades de Zlochevsky foram revistadas pelo Minist�rio P�blico.

- Trump busca sujeira sobre Biden -

Em janeiro de 2017, Biden deixou o cargo e Trump se tornou presidente.

Em 18 meses, ficou claro que Joe Biden disputaria a Casa Branca em 2020.

Trump, cuja reelei��o estava amea�ada, enviou seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, a Kiev para buscar informa��es sobre os Biden no in�cio de 2019.

Quando os esfor�os de Giuliani foram frustrados, Trump intensificou a press�o sobre o sucessor de Poroshenko, Volodimir Zelensky, congelando US$ 400 milh�es (R$ 2 bilh�es) em ajuda militar.

Em uma liga��o telef�nica em 25 de julho, Trump aludiu ao apoio dos EUA e instou vigorosamente Zelensky a investigar os Biden e anunciar os resultados.

Essa liga��o se tornou a base do primeiro julgamento pol�tico de Trump, por considerar que ele havia solicitado ilegalmente a interfer�ncia estrangeira nas elei��es americanas, que ele acabou perdendo para Biden.

- A "marca" Biden -

Quando os republicanos conquistaram o controle da C�mara dos Representantes nas elei��es de meio de mandato de 2022, os aliados de Trump obtiveram as ferramentas legais para se vingar.

Ap�s oito meses de investiga��o, o Comit� de Supervis�o de James Comer inverte a hist�ria da demiss�o do promotor Shokin.

Eles alegam que Shokin era uma amea�a para a Burisma e que a press�o de Biden visava proteger a empresa e seu filho, beneficiando-os economicamente.

Gra�as a registros obtidos pelo FBI e pelo Departamento de Justi�a e a testemunhas, Comer conseguiu detalhar grandes somas de dinheiro destinadas a Hunter Biden e seus parceiros, mas nada que envolva o presidente Biden.

Em vez disso, o comit� diz que a investiga��o se concentra no "tr�fico de influ�ncia" daquilo que Trump chama repetidamente de "fam�lia do crime Biden".

A investiga��o "revela que Joe Biden permitiu que sua fam�lia o vendesse como 'a marca' em todo o mundo para enriquecer", informou nesta ter�a-feira.


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