Eu seu primeiro jogo como visitante sob o comando de Fernando Diniz, na ter�a-feira (12), a Sele��o bateu o Peru em Lima por 1 a 0, com um gol nos minutos finais da partida, utilizando uma arma que foi muito �til na era Tite (2016-22): o jogo a�reo.
A cabe�ada do zagueiro Marquinhos, ap�s cobran�a de escanteio de Neymar, aos 45 do segundo tempo, deu ao Brasil a lideran�a das Eliminat�rias, depois da goleada por 5 a 1 sobre a Bol�via na primeira rodada, na �ltima sexta-feira, em Bel�m.
"Cada jogo tem sua hist�ria. A gente tem que saber procurar o resultado independentemente da maneira que o advers�rio joga. E hoje saiu em uma bola parada, que ningu�m imaginava, mas que define jogo tamb�m", disse o autor do gol da vit�ria brasileira.
A empolga��o ap�s a estreia diminuiu depois do jogo dif�cil em Lima.
Embora tenha entrado com a mesma forma��o que atropelou a Bol�via, o Brasil sofreu para bater a sele��o peruana, que confirmou os progn�sticos e se mostrou um advers�rio mais complicado.
- Tempo ao tempo -
"N�o tivemos tanta flu�ncia. Estranhamos um pouco o gramado, um pouco diferente do que os jogadores est�o acostumados, o que facilitou a marca��o, e tivemos mais erros na parte t�cnica do que o normal", analisou Diniz depois da partida.
O treinador valorizou as duas vit�rias nesse in�cio de Eliminat�rias, usando a base do time que disputou a Copa do Mundo de 2022, mas sem o atacante Vin�cius J�nior e com menos de uma semana e meia de trabalho, pouco tempo para implementar a filosofia ofensiva que o fez se destacar no comando do Fluminense.
E com a tranquilidade de que nem o mais pessimista diria que a Sele��o ter� dificuldades para ir ao Mundial, ainda mais depois do aumento do n�mero de vagas para a Am�rica do Sul (entre dez equipes, seis ter�o vaga direta e uma far� repescagem contra um advers�rio de outro continente).
Jogando bem ou mal, o Brasil n�o perde nas Eliminat�rias desde o dia 8 de outubro de 2015 (2 a 0 contra o Chile, em Santiago). Com a vit�ria sobre o Peru, a Sele��o chegou a 36 jogos seguidos sem perder: 28 vit�rias e oito empates, com 87 gols marcados e 15 sofridos.
- Buscar solu��es -
Mas se o Brasil quiser recuperar o protagonismo internacional e conquistar o hexa, ter� que buscar solu��es para dois problemas que perseguem a equipe desde os tempos de Tite.
Com seus altos e baixos, Neymar demonstrou que o bom desempenho e o diferencial da Sele��o Brasileira passam por sua cabe�a e por seus p�s.
Embora tenha cobrado o escanteio para o gol de Marquinhos, o camisa 10 fez um jogo discreto em Lima, ao contr�rio da boa atua��o contra a Bol�via, em que fez uma assist�ncia e marcou dois gols, superando Pel� como o maior artilheiro da hist�ria da Sele��o (79 gols).
Quando Neymar tem "uma noite ruim, o resto do time sente", escreveu o comentarista Julio Gomes no portal UOL.
A falta de um nome que divida o protagonismo quando o agora jogador do Al-Hilal saudita n�o est� no seu melhor dia n�o � o �nico problema.
O Brasil ainda precisa encontrar um centroavante de confian�a, que parecia ser Richarlison, artilheiro da equipe no Mundial do Catar com tr�s gols.
O atacante passou em branco nos dois jogos, chorou no banco em Bel�m e perdeu espa�o no Tottenham (dois gols em 29 jogos disputados este ano entre clube e sele��o).
Seus substitutos - Matheus Cunha e Gabriel Jesus - tamb�m n�o balan�aram as redes, levantando d�vidas para os pr�ximos dois jogos das Eliminat�rias, contra Venezuela (em casa) e Uruguai (fora), em outubro.
S�O PAULO