Dezenas de chefes de Estado e de Governo participam do encontro, com a presen�a de presidentes da esquerda latino-americana, como Alberto Fern�ndez, da Argentina; Gustavo Petro, da Col�mbia; Nicol�s Maduro, da Venezuela e Daniel Ortega, da Nicar�gua.
A chegada do presidente Luiz In�cio Lula da Silva est� prevista para esta noite.
Ao abrir a c�pula, o presidente de Cuba, Miguel D�az-Canel disse que depois de "todo o tempo que o norte acomodou o mundo aos seus interesses (...), chegou a vez do sul mudar as regras do jogo".
D�az-Canel, que chegou ao recinto principal do Pal�cio das Conven��es acompanhado de Ra�l Castro - um dos l�deres da Revolu��o Cubana de 1959 -, disse que a maioria das na��es que integram o G77+China s�o v�timas da "atual crise multidimensional que o mundo sofre", dos "desajustes c�clicos do com�rcio, das finan�as internacionais e do abusivo interc�mbio desigual".
Presidente pro tempore do G77+China, o presidente cubano condenou o que chamou de uma "arquitetura internacional", que tem perpetuado "disparidades" e � "hostil ao progresso" das na��es do sul.
J� o secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, defendeu, durante seu discurso, um mundo "mais representativo e que responda melhor �s necessidades das economias em desenvolvimento".
Atualmente as na��es do sul est�o "enredadas em um emaranhado de crises mundiais", disse, ao considerar que o "mundo falhou com os pa�ses em desenvolvimento".
- Documento "cr�tico" -
No encontro de Havana, que aborda "os desafios atuais de desenvolvimento: o papel da ci�ncia, da tecnologia e da inova��o", Guterres parabenizou Cuba pelo desenvolvimento de suas pr�prias vacinas durante a pandemia de covid-19.
O grupo, criado por 77 pa�ses em 1964, se ampliou at� somar 134 na��es da �sia, �frica e Am�rica Latina, enquanto a China participa de forma externa e � representada nesta c�pula por Li Xi, membro comit� permanente do politburo do Partido Comunista da China.
Entre os pa�ses representados no encontro est�o Ir�, Catar, Angola, �ndia e Sri Lanka.
O chanceler cubano, Bruno Rodr�guez, disse na quarta-feira, em uma entrevista coletiva, que o rascunho da declara��o da c�pula � um documento "cr�tico que pede uma reforma profunda da arquitetura financeira internacional, a elimina��o urgente das medidas coercitivas internacionais, o tratamento adequado � crescente d�vida externa dos pa�ses em desenvolvimento".
Em julho, o secret�rio-geral da ONU definiu o G77 como "a voz do Sul Global" e "o maior grupo de pa�ses do cen�rio internacional", destacando a "enorme quantidade de c�pulas" que est�o ocorrendo em diferentes regi�es como um "reflexo da crescente multipolaridade do nosso mundo".
Guterres participou em agosto, em Johannesbugo, do encontro de alto n�vel do Brics (Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul), e das principais economias, o G20, na semana passada em Nova D�lhi.
- "C�pula austera" -
Cuba recebe o evento "fazendo um grande esfor�o em meio �s complicadas condi��es em que a economia cubana se encontra hoje", disse o chanceler do pa�s caribenho, ao qualificar a reuni�o de uma "c�pula austera".
A ilha, que vive sua pior crise econ�mica em tr�s d�cadas, enfrenta uma lenta recupera��o econ�mica ap�s a pandemia do coronav�rus, o aumento das san��es de Washington contra a ilha e fragilidades estruturais em sua economia dom�stica.
H� um m�s, os trabalhadores sa�ram �s ruas para pintar os famosos t�neis submarinos que ligam bairros de Havana e restauraram as deterioradas cal�adas das principais avenidas da capital.
Luxuosos hot�is da cidade, quase sempre praticamente vazios pela lenta retomada do turismo da ilha depois da pandemia, retomaram seu brilho com as delega��es que ocupam seus quartos durante esses dias.
HAVANA