Lula pede a membros do G77+China que evitem as divis�es

O presidente Luiz In�cio Lula da Silva pediu neste s�bado(16) aos pa�ses do G77+China que evitem a divis�o e fa�am suas exig�ncias aos pa�ses mais ricos diante dos desafios da tecnologia digital e da transi��o energ�tica.

"A governan�a mundial segue assim�trica. A ONU, o sistema Bretton Woods e a OMC est�o perdendo credibilidade. N�o podemos nos dividir", declarou Lula na c�pula do G77+China em Havana.

"Precisamos refor�ar nossas reivindica��es � luz da Quarta Revolu��o Industrial", afirmou o chefe de Estado, referindo-se � tecnologia digital, � intelig�ncia artificial e � biotecnologia.

Para Lula, a "revolu��o digital" e a "transi��o energ�tica" s�o "duas grandes transforma��es em curso" que "n�o podem ser moldadas por um punhado de economias ricas, reeditando a rela��o de depend�ncia entre centro e periferia".

"A emerg�ncia clim�tica nos imp�e novos imperativos, mas a transi��o justa traz oportunidades", concluiu o chefe de Estado.

A c�pula do G77+China, integrado por mais de cem pa�ses da �sia, �frica e Am�rica Latina que representam 80% da popula��o mundial, come�ou na sexta-feira em Havana.

O grupo, criado em 1964 por 77 pa�ses, hoje conta com 134 na��es. A China participa como ator externo.

Representantes de cerca de 100 pa�ses est�o em Havana para participar desta c�pula extraordin�ria, cujo tema � o "papel da ci�ncia, tecnologia e inova��o" no desenvolvimento.

Cerca de trinta chefes de Estado e de Governo viajaram para Havana, incluindo o presidente da Argentina, Alberto Fern�ndez, o presidente da Col�mbia, Gustavo Petro; o de Angola, Jo�o Louren�o; de Ruanda, Paul Kagame; o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, e o presidente palestino, Mahmud Abbas.

O secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, tamb�m est� presente.

Em seu discurso inaugural, o presidente cubano Miguel D�az-Canel, cujo pa�s ocupa a presid�ncia rotativa do grupo desde janeiro, apelou a uma "mudan�a nas regras do jogo econ�mico internacional", que descreveu como "hostil ao progresso" dos pa�ses do Sul.

V�rios oradores referiram-se �s desigualdades globais evidenciadas pela pandemia de covid-19 e � necessidade de reduzir a d�vida dos pa�ses mais pobres para financiar a transi��o energ�tica.