Segundo os organizadores, s�o esperadas 20 mil pessoas no evento de tr�s dias em S�o Paulo, que apresenta os in�meros usos da planta, desde drogas recreativas at� tratamentos m�dicos, entre outros.
"A gente quer mostrar ao p�blico toda a capacidade da planta, porque n�o estamos falando apenas na ind�stria farmac�utica, ela tamb�m pode ter atua��o na ind�stria de alimentos e bebidas, na constru��o civil, na ind�stria t�xtil, nos biocombust�veis, etc.", ressalta a organizadora da feira, Larissa Uchida. "A planta foi demonizada por muitos anos, ent�o precisa existir toda uma desconstru��o desse olhar."
A ExpoCannabis surgiu no vizinho Uruguai, em 2013, ano em que aquele pa�s se tornou o primeiro do mundo a legalizar totalmente a produ��o e venda regularizada de maconha. O evento brasileiro, que come�ou ontem, acontece no momento em que o pa�s reavalia suas leis proibicionistas sobre drogas.
- Ind�stria com potencial -
O evento no Brasil � a primeira edi��o internacional da feira. "Acho muito importante ter essa primeira edi��o aqui no pa�s, porque estamos em um momento muito prop�cio a uma discuss�o, tanto do ponto de vista legislativo quanto no Judici�rio, a respeito dos medicamentos a base de cannabis e tamb�m do uso adulto", disse � AFP o deputado estadual Caio Fran�a, que apresentou um projeto de lei para incluir a cannabis medicinal no sistema p�blico de sa�de de S�o Paulo.
A maconha com fim medicinal � um tema delicado no pa�s, onde pacientes t�m que recorrer aos tribunais para obter o direito de usar o ingrediente ativo canabidiol, ou CBD, no tratamento de doen�as como a epilepsia.
O expositor Gabriel Vieira, 29, faz um apelo ao pa�s para se somar ao n�mero crescente de na��es que legalizaram parcial ou totalmente a cannabis. "Temos que ver a verdade, tem muita gente que consome, sendo medicinal ou recreativa. Acredito que devemos seguir os passos de pa�ses como a Alemanha e os Estados Unidos."
O potencial econ�mico da ind�stria incipiente da cannabis, avaliada em US$ 43,7 bilh�es no ano passado, e que deve crescer mais de 10 vezes at� 2030, � exibido plenamente na feira. O visitante Luciano Narita, 40, sorri enquanto mostra sua cole��o de itens: "A gente procura aqui novos produtos, sedas, chocolate, piteira... Gosto do uso recreativo."
SAO PAULO