"A governan�a mundial segue assim�trica. A ONU, o sistema Bretton Woods e a OMC est�o perdendo credibilidade. N�o podemos nos dividir", declarou Lula em Havana. "Precisamos refor�ar nossas reivindica��es � luz da Quarta Revolu��o Industrial", afirmou, referindo-se � tecnologia digital, � intelig�ncia artificial e � biotecnologia.
Para Lula, a "revolu��o digital" e a "transi��o energ�tica" s�o "duas grandes transforma��es em curso" que "n�o podem ser moldadas por um punhado de economias ricas, reeditando a rela��o de depend�ncia entre centro e periferia". "A emerg�ncia clim�tica nos imp�e novos imperativos, mas a transi��o justa traz oportunidades", concluiu.
- Preocupa��o -
Composto por uma centena de pa�ses da �sia, �frica e Am�rica Latina, que representam 80% da popula��o mundial, o G77+China foi criado em 1964, por 77 pa�ses, e ampliado posteriormente para 134 na��es. A China participa como ator externo.
Representantes de uma centena de na��es participaram desta reuni�o de c�pula extraordin�ria, cujo tema foi "o papel da ci�ncia, tecnologia e inova��o" no desenvolvimento. Cerca de 30 chefes de Estado e de governo participaram do debate, al�m do secret�rio-geral da ONU, Antonio Guterres, que definiu o G77 como "a voz do Sul Global".
V�rios oradores mencionaram as desigualdades mundiais evidenciadas pela pandemia e a necessidade de reduzir a d�vida dos pa�ses mais pobres para financiar a transi��o clim�tica. Em sua declara��o final, os membros do G77+China reafirmaram seu "compromisso de fortalecer a uni�o" do grupo para "consolidar seu papel no cen�rio internacional".
O texto expressa a sua "preocupa��o profunda diante dos principais desafios gerados pela atual ordem econ�mica mundial injusta para os pa�ses em desenvolvimento", e cita obst�culos ao desenvolvimento, como "a press�o sobre os alimentos, a energia, o deslocamento de pessoas, a volatilidade dos mercados, a infla��o, o ajuste monet�rio, o peso crescente da d�vida externa" e o aumento da pobreza.
Tudo isso "sem que exista, at� agora, uma estrat�gia clara para enfrentar esses problemas globais", acrescenta a declara��o, que destaca a "necessidade urgente de uma reforma abrangente da arquitetura financeira internacional", com um enfoque mais inclusivo.
Os membros do G77+China, que ir�o se reunir em janeiro de 2024 em Uganda - pa�s que ocupar� a pr�xima presid�ncia tempor�ria -, aprovaram outra declara��o para que o M�xico retorne ao grupo, informou o diretor de Assuntos Multilaterais da chancelaria cubana, Rodolfo Ben�tez.
O M�xico, que deixou o grupo na d�cada de 1990, expressou hoje vontade de se reintegrar ao mesmo.
HAVANA