Nicolas, de 15 anos, suicidou-se em 5 de setembro, um dia ap�s iniciar o ano letivo em uma nova escola em Paris, depois de ter-se queixado de sofrer "bullying" no ano anterior no seu ent�o centro localizado em Poissy, cerca de 20 km a norte da capital.
Em vez de se solidarizarem com os pais do adolescente, as autoridades educacionais respons�veis pela institui��o, em que estudava, enviaram uma carta em maio, afirmando que suas declara��es eram "inaceit�veis" e pedindo-lhes que adotassem uma atitude "construtiva".
"Ficamos indignados e consternados ao receber essas cartas" em resposta � preocupa��o sobre o ass�dio, disse a m�e, B�atrice, � AFP. "O pai de Nicolas e eu n�o entendemos isso, ainda n�o entendemos", acrescentou ela.
A carta tamb�m lembrava que a cal�nia na Fran�a � um crime que pode ser punido com at� cinco anos de pris�o e multa de 45 mil euros (cerca de US$ 48 mil, ou R$ 233,7 mil na cota��o atual).
"Esta carta � uma vergonha, uma vergonha", disse no s�bado o ministro da Educa��o, Gabriel Attal, ap�s a informa��o ser revelada pela rede BFMTV.
A primeira-ministra �lisabeth Borne reconheceu que, "claramente, houve uma falha no tipo de resposta dada a pais extremamente preocupados".
Attal disse que os inspetores abriram uma investiga��o que apresentar� suas conclus�es dentro de duas semanas, com poss�vel aplica��o de san��es.
Nicolas se queixou de "bullying" pela primeira vez em dezembro de 2022.
O novo ministro da Educa��o, que tomou posse em julho, fez da luta contra o "bullying" escolar uma prioridade, ap�s uma s�rie de suic�dios de jovens nos �ltimos anos.
A Procuradoria de Versalhes, que tem compet�ncia na �rea de Poissy, investiga se o suic�dio est� diretamente relacionado com o ass�dio sofrido pelo adolescente, embora tenha advertido que ainda n�o � poss�vel tirar conclus�es.
PARIS