A classe pol�tica italiana homenageou o ex-presidente napolitano, que nasceu durante a ditadura de Benito Mussolini e que conheceu como chefe de Estado numerosos governos, em uma It�lia de gabinetes cronicamente inst�veis.
Giorgia Meloni, l�der do partido de extrema direita Irm�os da It�lia e "presidente do Conselho" desde outubro de 2022, apresentou as condol�ncias do Executivo � fam�lia do ex-presidente. J� o atual chefe de Estado italiano, Sergio Mattarella, lembrou o compromisso europe�sta de Napolitano, que foi deputado no Parlamento Europeu, onde travou "batalhas importantes pelo desenvolvimento social, pela paz e pelo progresso na It�lia e Europa".
Em telegrama enviado � vi�va, o Papa Francisco destacou que Napolitano dedicou sua atividade pol�tica a "proteger a uni�o e conc�rdia" em seu pa�s.
Considerado durante anos o fiador da estabilidade na It�lia, Napolitano foi eleito em 2006. Planejava se aposentar ap�s o primeiro mandato, de sete anos, na primavera de 2013. Mas o resultado das elei��es legislativas foi apertado e os principais partidos n�o conseguiram chegar a um acordo sobre um eventual sucessor, for�ando Meloni a se manter no cargo.
Seu discurso de posse foi especialmente duro com os l�deres pol�ticos, que criticou por n�o ouvirem as exig�ncias do pa�s. Anunciou que n�o permaneceria no cargo por mais sete anos e renunciou em janeiro de 2015.
Napolitano teve que administrar um per�odo particularmente turbulento da pol�tica italiana, marcado pela ren�ncia de Romano Prodi em 2008, ap�s dois anos no governo, pela chegada de Matteo Renzi em fevereiro de 2014 e pelas ren�ncias de Silvio Berlusconi, Mario Monti e Enrico Letta.
O ex-presidente fez parte dos Grupos Universit�rios Fascistas - como a maioria dos estudantes em tempos de Mussolini - mas, a partir dos 17 anos, juntou-se a um grupo de resistentes comunistas. Ingressou no partido em 1945 e foi eleito deputado pela primeira vez em 1953.
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ROMA
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