"Recompensa. Procura-se", diz um cartaz publicado nas redes sociais pelo Minist�rio do Interior e da Justi�a com a fotografia, o nome e o n�mero da carteira de identidade de H�ctor Guerrero, conhecido como "El Ni�o" Guerrero.
"Os �rg�os de seguran�a cidad� procuram H�ctor Guerrero (...) por sua participa��o em v�rios crimes contra as pessoas e terrorismo", informou o minist�rio na rede social X (antigo Twitter), sem esclarecer se ele, de fato, saiu do pa�s.
Mais de 11 mil efetivos de seguran�a, com o apoio de ve�culos blindados, tomaram na quarta-feira a pris�o de Tocor�n, centro de opera��es dessa gangue venezuelana. O governo reportou a morte de um militar, mas n�o informou o n�mero de feridos, e anunciou que armas de guerra, como lan�a-foguetes e granadas, foram apreendidas.
Mais cedo no mesmo dia, uma ONG que defende os direitos humanos dos reclusos, o Observatorio Venezolano de Prisiones (OVP), denunciou que os l�deres desse grupo criminoso fugiram para o exterior antes de militares e policiais ocuparem a pris�o de Tocor�n, no estado de Aragua (centro-norte).
"Os presos mais violentos, ou seja, os 'pranes', j� haviam negociado (com as autoridades) a desocupa��o do local e emigraram do pa�s h� uma semana", denunciou a OVP.
Os "pranes", como os l�deres dos detentos s�o chamados na Venezuela, tinham tamanho controle que constru�ram na pris�o uma esp�cie de cidadela, com uma boate de luxo, um zool�gico e um campo de beisebol.
O OVP acusou as autoridades de falta de transpar�ncia e exigiu informa��es sobre os l�deres criminosos que estavam detidos em Tocor�n e seu pa�s de destino.
Na quinta-feira, o ministro do Interior, almirante Remigio Ceballos, informou que os detentos cavaram t�neis na pris�o, por onde escaparam, sem especificar o n�mero de foragidos. Seu gabinete anunciou que mais de 80 foram recapturados at� o momento.
Ceballos disse ainda que quatro agentes penitenci�rios foram presos, acusados de colaborarem com os criminosos.
"Gostar�amos de saber mais sobre como estes respons�veis fizeram para entrar com foguetes autopropulsados e armas longas sem a cumplicidade de muitas outras pessoas", questiona a ONG.
Cerca de 1.600 prisioneiros estavam em Tocor�n no momento da interven��o, segundo as autoridades. O OVP sustenta que o local, com capacidade para 750 reclusos, chegou a abrigar mais de 5.000.
CARACAS