Assinado em 2018 por 24 pa�ses, o acordo estabelece que os governos devem garantir que os defensores do meio ambiente "possam agir sem amea�as, restri��es e inseguran�a", mas a Am�rica Latina � a regi�o mais perigosa para quem atua na defesa do planeta.
"Os ind�genas amaz�nicos est�o sendo perseguidos" no Peru, disse � AFP a l�der Elaine Shajian Shawit, da regi�o amaz�nica de Loreto.
"As pessoas saem �s ruas para protestar para que seus territ�rios, seus rios, sejam protegidos, mas est�o sendo processadas criminalmente", acrescentou em um f�rum regional sobre defensores dos direitos humanos em quest�es ambientais.
A l�der maia guatemalteca Kelidy Sacb� Coc tamb�m reclamou que, em sua regi�o natal, Alta Verapaz, os protestos contra usinas hidrel�tricas s�o reprimidos.
"H� muito sofrimento com as hidrel�tricas", disse � AFP.
Ind�genas de diversos pa�ses expressaram queixas semelhantes neste f�rum organizado pela Comiss�o Econ�mica para a Am�rica Latina e o Caribe das Na��es Unidas (Cepal) para dar seguimento ao Acordo de Escaz�, que foi ratificado at� o momento por 15 pa�ses.
"Trouxemos as vozes ind�genas do Peru, os ind�genas geralmente sofrem com atividades ilegais, como cultivo de coca, minera��o ilegal, desmatamento ilegal", disse Cussi Alegr�a, da ONG Derecho, Ambiente y Recursos Naturales (DAR).
"Em algumas �reas, h� maior atividade de empresas de minera��o e em outras de petr�leo, que causam esses impactos no meio ambiente, e em alguns casos o protesto foi criminalizado", acrescentou Alegr�a � AFP.
Carlos de Miguel, da Secretaria do Acordo de Escaz� na Cepal, destacou que em 2022 quase 90% dos assassinatos de defensores do meio ambiente no mundo ocorreram na Am�rica Latina, citando um relat�rio da ONG Global Witness.
"Se voc�s olharem o mapa da Am�rica Latina, basicamente � um mapa de conflitos socioambientais, e se voc�s analisarem os �ltimos relat�rios sobre defensores de direitos humanos em quest�es ambientais, 88% dos assassinatos no planeta ocorrem na Am�rica Latina e no Caribe", afirmou.
A Col�mbia � o pa�s mais perigoso, com 60 assassinatos dos 177 registrados no mundo em 2022, de acordo com a Global Witness.
De Miguel afirmou que n�o apenas ind�genas foram assassinados por defender o meio ambiente, mas tamb�m guardas florestais, funcion�rios p�blicos e empres�rios.
Participaram do f�rum Chile, M�xico, El Salvador, Col�mbia, Peru, Guatemala, entre outros, assim como v�rias na��es caribenhas.
PANAM�