Mais sete mil trabalhadores s�o convocados a aderir a greve do sindicato UAW nos EUA

O presidente do sindicato que representa metal�rgicos de montadoras (UAW, sigla em ingl�s), Shawn Fain, convocou, nesta sexta-feira (29), mais 7.000 trabalhadores a se somarem � greve do setor.

O chamado diz respeito a duas f�bricas: uma da Ford em Chicago e outra da General Motors em Lansing (Michigan).

"Os bravos membros do sindicato nessas duas f�bricas s�o a pr�xima onda de refor�o em nossa luta por contratos recorde", disse Fain em mensagem transmitida ao vivo pelo YouTube. Esses oper�rios ir�o se somar aos 18.600 j� em greve, no contexto do movimento que come�ou h� duas semanas em busca de melhores sal�rios para os trabalhadores das duas empresas e da Stellantis.

O l�der sindical especificou que n�o haver� prorroga��o da greve na Stellantis, devido a "avan�os significativos" em v�rios pontos em discuss�o. Ele mencionou um mecanismo de reajuste salarial com base no custo de vida e no direito � greve, em caso de fechamento de f�bricas, ou remanejamento da produ��o por parte do fabricante. "Estamos entusiasmados em ver este impulso na Stellantis."

Na semana passada, o UAW saudou avan�os significativos com a Ford, mas o vento parece ter mudado, e o presidente do sindicato criticou a empresa publicamente nesta semana por ter suspendido a constru��o de uma f�brica de baterias no Michigan.

- Disputa -

O diretor-geral da Ford, Jim Farley, acusou nesta sexta-feira o UAW de m�-f� e de dizer aos seus membros que a transi��o do grupo para os carros el�tricos levar� a cortes de empregos em pouco tempo. "Nenhum dos nossos funcion�rios ir� perder o emprego por causa das nossas f�bricas de baterias no pr�ximo acordo coletivo, nem depois", afirmou Farley em entrevista coletiva.

"Ainda temos tempo de chegar a um acordo e evitar um desastre, embora n�o muito mais tempo", advertiu Farley. J� o vice-presidente executivo de Manufatura Global da GM, Gerald Johnson, disse que a empresa espera "uma ampla contraoferta da c�pula do UAW" � sua �ltima proposta.

- Pol�tica entra em cena -

A greve se expandiu para 25.600 trabalhadores sindicalizados. A maioria dos 146 mil membros do sindicato continua trabalhando.

Os grevistas receberam nesta semana o apoio do presidente americano, Joe Biden, que considerou leg�timo que o sindicato reivindique um aumento salarial de 40% para o novo acordo coletivo de quatro anos.

O ex-presidente Donald Trump esteve anteontem na regi�o, onde visitou uma f�brica de pe�as independente e fora da �rbita do sindicato. Trump apontou Biden como causador do conflito, devido � sua pol�tica de transi��o energ�tica para os ve�culos el�tricos.