"Foram localizados treze cad�veres (...) que j� est�o no instituto de medicina legal para iniciar as aut�psias correspondentes", informou Jos� Ballesta, prefeito de M�rcia, no sudeste do pa�s, durante coletiva de imprensa.
Tr�s dos 13 mortos foram identificados por suas impress�es digitais, acrescentou o prefeito. Os demais ter�o que ser identificados por exames de DNA, acrescentou.
"Os bombeiros de M�rcia (...) v�o continuar trabalhando no pr�dio nas pr�ximas horas. N�o est� descartado que, durante estes trabalhos, possa ser localizado mais algum corpo", informaram os socorristas � noite.
"N�o haver� balan�o definitivo de v�timas" at� que eles concluam seus trabalhos, acrescentaram.
O inc�ndio, de uma viol�ncia "extrema", foi declarado �s 6h locais (01h de Bras�lia) em uma rua do bairro de Atalayas, que tem v�rias boates.
Foi em uma delas, a Fonda Millagros, que os 13 corpos foram encontrados. As chamas tamb�m se espalharam para outros dois locais, o Teatre e o Golden, onde os socorristas n�o excluem a possibilidade de encontrar mais v�timas.
Os bombeiros chegaram ao local �s 07h e conseguiram controlar as chamas em menos de uma hora. Mas as opera��es de resgate s�o complicadas pelo risco de desmoronamento e pelas altas temperaturas no local.
A origem e as circunst�ncias do inc�ndio ainda n�o foram determinadas.
- "Vamos morrer" -
As autoridades montaram uma lista de 15 pessoas desaparecidas, mas disseram que n�o era definitiva e que poderia conter os nomes de algumas das v�timas j� encontradas.
Um homem que se identificou como Jairo e se apresentou como pai de uma das v�timas disse � imprensa que n�o tinha not�cias da filha de 28 anos.
Ele contou que a jovem deixou uma mensagem de voz �s 6h06 e que era poss�vel ouvir seu choro. Desde ent�o, n�o conseguiu se comunicar com ela.
"Mam�e, eu te amo, n�s vamos morrer", disse a jovem, enquanto gritos eram ouvidos ao fundo pedindo para ligar a luz.
Um porta-voz da pol�cia nacional explicou � AFP que a prioridade � encontrar os desaparecidos.
O funcion�rio disse que, no s�bado, houve uma festa de anivers�rio no local e que nem todos os participantes haviam sido localizados.
Fotos divulgadas pelos servi�os de emerg�ncia mostram caminh�es dos bombeiros lan�ando �gua na fachada enegrecida do edif�cio e uma fuma�a espessa saindo pelo teto da boate.
- Tr�s dias de luto -
O rei Felipe VI expressou sua "dor e consterna��o" ap�s este "dia tr�gico em M�rcia", e agradeceu, em nota, a "todos os profissionais de emerg�ncia em seu trabalho exemplar".
O primeiro-ministro da Espanha, o socialista Pedro S�nchez, expressou, na rede social X (antigo Twitter), "carinho e solidariedade com as v�timas e parentes do tr�gico inc�ndio".
O prefeito de M�rcia declarou tr�s dias de luto e informou que 12 ve�culos de emerg�ncia e 40 bombeiros foram mobilizados.
"For�a e �nimo aos parentes e amigos neste momento complicado", afirmou o prefeito.
Carlos Alcaraz, tenista natural da regi�o, tamb�m reagiu � trag�dia. "Muito impactado pelas terr�veis not�cias que chegam de M�rcia ap�s o inc�ndio de v�rias boates na �ltima madrugada", escreveu na rede social X.
Em sinal de luto, os bares e restaurantes da cidade decidiram permanecer fechados no domingo � noite, anunciou a federa��o local de hotelaria, HoyT�.
Em 1990, 43 pessoas morreram no inc�ndio de uma boate em Zaragoza, nordeste da Espanha.
ALHAMA DE MURCIA