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Estado de Minas PARIS

Da covid ao c�ncer: a revolu��o das vacinas de RNA mensageiro


02/10/2023 10:16
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As vacinas de RNA mensageiro, que surgiram com a crise da covid-19 e que renderam, nesta segunda-feira (2), o Pr�mio Nobel de Medicina aos pesquisadores Katalin Karik� (Hungria) e Drew Weissman (Estados Unidos), marcaram o ponto mais alto de uma revolu��o terap�utica.

Uma revolu��o que tamb�m poderia ser usada contra a aids e alguns tipos de c�ncer, depois de d�cadas de pesquisas e v�rios obst�culos.

- Como funciona? -

O RNA mensageiro est� presente em todas as c�lulas, � o que lhes permite funcionar de forma correta no organismo. Atua como intermedi�rio entre o c�digo gen�tico do DNA e a atividade da c�lula.

Mais especificamente, o RNA mensageiro � uma c�pia tempor�ria de uma pequena parte do DNA que est� constantemente presente no n�cleo da c�lula, que usa essa c�pia como c�digo para produzir prote�nas espec�ficas.

Por meio de um tratamento com RNA mensageiro, esses fragmentos de c�digo gen�tico s�o inseridos externamente. Portanto, eles s�o criados artificialmente em laborat�rio, e n�o a partir do DNA.

At� agora, a principal aplica��o tem sido a vacina��o contra a covid-19, �rea em que h� duas empresas conhecidas: e Moderna.

Essas vacinas induzem as c�lulas a reproduzirem prote�nas presentes no v�rus, os "ant�genos", para familiarizar o sistema imunol�gico a reconhec�-lo e neutraliz�-lo.

Uma vacina cl�ssica tamb�m procura familiarizar o organismo com um v�rus (ou outros agentes infecciosos), mas o faz introduzindo diretamente o v�rus no corpo, em uma forma atenuada, ou inativa (embora algumas vacinas mais recentes apenas injetem os ant�genos do v�rus).

A revolu��o da vacina de RNA mensageiro reside em fazer as c�lulas produzirem diretamente esses ant�genos. Assim como acontece com outras vacinas, o sistema imunol�gico reage, gerando anticorpos.

- As principais etapas deste novo m�todo -

O primeiro grande avan�o, no final da d�cada de 1970, foi o uso de RNA mensageiro para fazer as c�lulas em tubos de ensaio produzirem prote�nas.

Uma d�cada depois, os cientistas conseguiram obter os mesmos resultados com ratos, mas o RNA mensageiro ainda tinha duas grandes desvantagens como ferramenta m�dica.

Primeiro, as c�lulas dos animais vivos resistiam ao RNA mensageiro sint�tico, provocando uma resposta imunol�gica perigosa. Al�m disso, as mol�culas de RNA mensageiro s�o fr�geis, o que dificulta sua entrega ao sistema sem alter�-las.

Em 2005, Kariko e Weissman, da Universidade Estadual da Pensilv�nia, publicaram um estudo inovador que mostrava que um envelope de lip�dios, ou mol�culas de gordura, poderia entregar RNA mensageiro de forma segura e sem efeitos negativos.

A pesquisa causou alvoro�o na comunidade farmac�utica, e startups dedicadas a terapias com RNA mensageiro come�aram a surgir em todo o mundo.

- Outras aplica��es -

A comunidade cient�fica tem trabalhado para desenvolver vacinas de RNA mensageiro para doen�as como gripe, raiva e zika, al�m daquelas que t�m sido resistentes �s vacinas at� agora, como mal�ria e

Os pesquisadores tamb�m come�aram a testar tratamentos personalizados em pacientes com c�ncer, utilizando amostras das prote�nas presentes nos seus tumores para criar RNA mensageiro especializado. Isso faz o sistema imunol�gico atacar c�lulas cancer�genas espec�ficas.

"A plataforma de RNA mensageiro � vers�til", disse � AFP Norbert Pardi, bioqu�mico da Universidade da Pensilv�nia. "Qualquer prote�na pode ser codificada como RNA mensageiro, portanto h� muitas aplica��es potenciais".

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