A aus�ncia do presidente azerbaijano Ilham Aliyev e do seu hom�logo turco, Recep Tayyip Erdogan, apoiado por Baku, representa um rev�s para esta terceira c�pula da Comunidade Pol�tica Europeia (CPE), j� que n�o participar�o nas conversas sobre a situa��o em Nagorno-Karabakh.
"� uma pena", lamentou o chefe da diplomacia da Uni�o Europeia, Josep Borrell, ao chegar � cidade andaluz (sul).
"N�o poderemos falar aqui sobre algo s�rio como o fato de mais de 100 mil pessoas terem abandonado as suas casas, fugindo de um ato de for�a militar", disse Borrell.
Duas semanas depois da ofensiva das for�as do Azerbaij�o, que obrigou quase toda a popula��o arm�nia a fugir da autoproclamada rep�blica de Nagorno-Karabakh, o formato parecia ideal para uma reuni�o ao mais alto n�vel.
Mas, irritado com os sinais europeus de apoio � Arm�nia, Ilham Aliyev cancelou a viagem.
Denunciando uma "atmosfera anti-Azerbaij�o", Baku "n�o considerou necess�rio participar das negocia��es", disse um respons�vel do Azerbaij�o � AFP.
No entanto, um assessor do presidente azerbaijano afirmou nesta quinta-feira que o Azerbaij�o est� disposto a negociar com a Arm�nia sob media��o da Uni�o Europeia (UE).
"O Azerbaij�o est� disposto a participar de reuni�es tripartites entre a Uni�o Europeia, o Azerbaij�o e a Arm�nia em um futuro pr�ximo em Bruxelas", escreveu o l�der do pa�s, Ilham Aliyev, no X (antigo Twitter).
O primeiro-ministro arm�nio, Nikol Pashinian, que est� em Granada, ter� uma reuni�o com o presidente franc�s, Emmanuel Macron, o chanceler alem�o, Olaf Scholz, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, � margem da CPE.
Na �ltima reuni�o da CPE, em junho, na Mold�via, Aliyev juntou-se � reuni�o destes quatro l�deres, em um ambiente j� muito tenso entre Baku e Ierevan. "� importante nunca desistir", destacou Charles Michel, garantindo que a UE � "um mediador neutro".
- Apelo de Zelensky -
A invas�o russa da Ucr�nia tamb�m estar� na agenda. As pot�ncias europeias pretendem reafirmar o apoio a Kiev, no momento em que a crise pol�tica nos Estados Unidos provoca d�vidas sobre a continuidade do apoio americano.
Zelensky anunciou sua prioridade, "fortalecer a defesa a�rea" ucraniana, e espera obter acordos sobre o tema.
O objetivo da CPE, idealizada pelo presidente franc�s, Emmanuel Macron, � reunir mais pa�ses do que apenas os que integram a Uni�o Europeia: al�m dos 27 membros do bloco, outras 20 na��es foram convidadas para o terceiro encontro de c�pula.
Os representantes dos pa�ses t�m diferentes posi��es em rela��o � UE, desde candidatos � ades�o, outros que sabem que a porta est� fechada, ou o Reino Unido, que optou por sair da UE h� sete anos.
"A aus�ncia de Erdogan pela segunda vez consecutiva enfraquece a CPE, concebida para lidar com Ancara em um formato diferente da UE, bloco em que candidatura turca est� congelada", disse S�bastien Maillard, do Instituto Jacques Delors.
"Sem a Turquia ou o Azerbaij�o, a Comunidade Pol�tica torna-se mais estritamente europeia e parece mais anti-Putin, exceto para alguns l�deres", disse ele.
"Resta saber se estas aus�ncias s�o tempor�rias ou permanentes", continuou o analista, que lembrou que a ades�o � CPE � flex�vel.
Na aus�ncia da esperada reuni�o sobre Nagorno-Karabakh, a c�pula na cidade andaluz poderia centrar-se na quest�o da crise migrat�ria, que o primeiro-ministro brit�nico, Rishi Sunak, est� interessado em colocar no centro dos debates.
GRANADA