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Estado de Minas PARIS

Cinco premiados do Nobel da Paz em reclus�o


06/10/2023 14:12
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A ativista iraniana Narges Mohammadi, vencedora do Nobel da Paz nesta sexta-feira (6), � a quinta pessoa a receber este pr�mio estando em regime de reclus�o.

A jornalista, de 51 anos, dedicou sua vida � defesa dos direitos humanos em seu pa�s, opondo-se � obrigatoriedade do v�u, ou � pena de morte, e sendo repetidamente detida e encarcerada por isso desde os 22 anos, quando foi presa pela primeira vez.

A ativista, que foi presa em 2021, n�o reencontra o marido nem seus dois filhos, exilados na Fran�a, h� oito anos.

Estas s�o as outras quatro pessoas que receberam este pr�mio sob a mesma condi��o:

- 1935: Carl von Ossietzky (Alemanha) -

Este jornalista e pacifista alem�o recebeu o pr�mio Nobel da Paz em 1935, enquanto estava em um campo de concentra��o nazista. O ativista antifascista, que foi preso tr�s anos antes durante a campanha de repress�o em resposta ao inc�ndio do Reichstag, foi o primeiro opositor a ser premiado.

Furioso com o comit� organizador, Adolf Hitler proibiu que cidad�os alem�es aceitassem a honraria, independentemente da disciplina contemplada.

A quantia do pr�mio, por sua vez, foi entregue a um advogado corrupto que enganou a fam�lia do jornalista.

Carl von Ossietzky morreu na pris�o em 1938.

- 1991: Aung San Suu Kyi (Birm�nia, atual Mianmar) -

Em 1991, o Comit� Noruegu�s do Nobel entregou o pr�mio da Paz para Aung San Suu Kyi "pela sua luta n�o violenta pela democracia e pelos direitos humanos".

A ativista, que estava em pris�o domiciliar, obteve autoriza��o da junta militar para ir a Oslo receber a honraria, mas preferiu ficar na Birm�nia por medo de n�o poder retornar ao pa�s.

A "Dama de Rangum" foi libertada em 2010 e passou a liderar a Birm�nia, antes de ser presa durante um golpe de Estado militar em fevereiro de 2021. Acusada de uma s�rie de crimes, recentemente teve sua pena reduzida de 33 para 27 anos de pris�o.

Nos �ltimos anos, a passividade desta vencedora do pr�mio diante de atrocidades - que foram classificadas como "genoc�dio" por investigadores da ONU - cometidas contra uma minoria mu�ulmana rohingya em Mianmar causou uma grande mobiliza��o para revogar seu t�tulo.

- 2010: Liu Xiaobo (China) -

Este dissidente chin�s foi premiado em 2010, por seus esfor�os em favor dos direitos humanos e da democracia na China.

Escritor e professor, Liu Xiaobo foi preso em 2009 e condenado a 11 anos de deten��o por "subvers�o". O governo chin�s o acusava de ser co-autor de um manifesto que promovia as elei��es livres na China.

Ele n�o p�de ser representado por sua esposa, a poeta Liu Xia - que estava em pris�o domiciliar -, na entrega do pr�mio, tampouco por seus tr�s irm�os, que foram proibidos de deixar o territ�rio chin�s.

Sua cadeira, sobre a qual colocaram o pr�mio, ficou simbolicamente vazia durante a cerim�nia.

O escritor morreu em decorr�ncia de um c�ncer de f�gado em 13 de julho de 2017, tornando-se o segundo vencedor do Nobel da Paz a morrer em regime de priva��o de liberdade.

- 2022: Ales Bialiatski (Belarus) -

O ativista bielorrusso foi o ganhador do pr�mio em 2022, em conjunto com a ONG russa Memorial - oficialmente dissolvida na R�ssia -, e o Centro ucraniano para as Liberdades Civis (CCL), pela promo��o do "direito de criticar o poder".

Ales Bialiatski foi preso em 2021, acusado de "fraude fiscal", que foi considerada uma retalia��o do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, no poder desde 1994 e que tem silenciado qualquer cr�tica ao seu governo desde os protestos ap�s as elei��es de 2020, que abalaram o seu mandato.

O ativista foi representado na gala do Nobel por sua esposa, Natalia Pinchuk.

Bialiatski foi condenado em mar�o a 10 anos de pris�o. Outros membros de sua organiza��o de defesa aos direitos humanos Viasna tamb�m cumprem penas de pris�o.

ALES GROUPE


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