Miss�o da Nasa decola rumo ao asteroide Psyche

A Nasa lan�ou, nesta sexta-feira (13), uma miss�o ao distante asteroide Psyche, um mundo feito de metal at� ent�o n�o estudado, que os cientistas acreditam que poderia ser o n�cleo de um antigo corpo celeste.

A sonda da miss�o Psyche decolou conforme planejado, �s 10h19, hor�rio local (11h19 no hor�rio de Bras�lia), do Centro Espacial Kennedy, na Fl�rida, a bordo de um foguete Falcon Heavy da SpaceX.

"O ve�culo segue uma trajet�ria nominal", disse um comentarista durante a transmiss�o ao vivo da Nasa, poucos minutos ap�s a decolagem.

A humanidade j� visitou mundos feitos de rochas, gelo, ou g�s. Mas "esta ser� a primeira vez que o far� em um mundo que tem uma superf�cie met�lica", disse Lindy Elkins-Tanton, gestora cient�fica da miss�o, em coletiva de imprensa.

A viagem ser� longa: Psyche est� localizada na parte externa do cintur�o de asteroides, entre as �rbitas de Marte e J�piter.

A sonda da Nasa percorrer� cerca de 3,5 bilh�es de quil�metros para chegar at� l�, provavelmente no ver�o boreal (hemisf�rio norte) de 2029.

Gra�as � luz refletida em sua superf�cie, os cientistas sabem que Psyche � muito densa e feita de metal, al�m de algum outro material, talvez rochas.

"N�o sabemos realmente como � Psyche", explicou a pesquisadora. "Costumo brincar que tem o formato de uma batata, porque as batatas t�m v�rios formatos diferentes, ent�o n�o estou errada".

Os cientistas pensam que Psyche, com mais de 200 quil�metros de comprimento, pode ser o n�cleo de um antigo corpo celeste, cuja superf�cie foi arrancada por impactos de asteroides.

A Terra, como Marte, V�nus e Merc�rio, tem um n�cleo met�lico. "Nunca veremos esses n�cleos, � muito quente e muito profundo", disse Lindy Elkins-Tanton.

A miss�o a Psyche �, portanto, "nossa �nica maneira de ver um n�cleo".

- Vulc�es, rachaduras, crateras? -

Psyche se formou h� cerca de 4,5 bilh�es de anos, no nascimento do nosso sistema solar. � poss�vel que tenha sofrido erup��es vulc�nicas, das quais restos podem permanecer na forma de antigos fluxos de lava.

Ent�o, quando Psyche esfriou, sua contra��o pode ter causado a forma��o de enormes rachaduras.

Os cientistas tamb�m est�o ansiosos para saber como s�o as crateras de um corpo celeste met�lico: o material impulsionado pelo impacto dos asteroides pode ter congelado no ar e formado uma esp�cie de pontas.

A sonda permanecer� em �rbita ao redor de Psyche por pouco mais de dois anos para estud�-la, alternando entre diversas altitudes.

Ser�o utilizados tr�s instrumentos cient�ficos: imagens multiespectrais para fotograf�-lo, espectr�metros para determinar sua composi��o e magnet�metros para medir seu campo magn�tico.

Para se deslocar, a sonda tamb�m utilizar� propulsores de efeito Hall, uma novidade nas viagens interplanet�rias. Esses motores utilizam a eletricidade fornecida pelos pain�is solares da sonda para obter �ons de um g�s nobre (g�s xen�nio), que s�o acelerados pela passagem por um campo el�trico.

Eles s�o, ent�o, ejetados em alta velocidade, "cinco vezes mais r�pido que o combust�vel que sai de um foguete convencional", disse David Oh, engenheiro da Nasa. "� o tipo de coisa que vimos em Star Wars e Star Trek, mas hoje estamos tornando o futuro uma realidade", disse ele.

A miss�o Psyche tamb�m testar� um sistema de comunica��o a laser, que dever� permitir a transmiss�o de mais dados do que comunica��es por r�dio.