O time brasileiro saiu vaiado da Arena Pantanal, em Cuiab�, depois de n�o conseguir vencer a sele��o venezuelana, �nica na Am�rica do Sul que nunca disputou uma Copa do Mundo.
Neymar inclusive demonstrou sua insatisfa��o com um torcedor atirou contra ele um saco de pipoca quando se dirigia aos vesti�rios, depois de mais uma noite de desempenho discreto.
"� triste, obviamente � muito triste. N�o venho aqui de f�rias, muito menos para passear, vim fazer o que eu mais amo, que � jogar futebol e defender meu pa�s", disse o camisa 10, que deu passe para Gabriel Magalh�es marcar o gol brasileiro na partida.
A Sele��o nunca perdeu um jogo em casa nas Eliminat�rias, mas contra a Venezuela cedeu seu 13� empate jogando como mandante. Em 2009, j� tinha ficado no 0 a 0 com o mesmo advers�rio.
- "� preciso paci�ncia" -
O resultado fez o Brasil perder os 100% de aproveitamento e a lideran�a das Eliminat�rias para a Argentina de Lionel Messi.
As atua��es apagadas de Neymar e cia, cuja classifica��o para o Mundial de 2026 � dada como certa, s�o recorrentes h� anos.
"Falhamos em coisas que n�o dever�amos ter falhado, dever�amos ter ajustado melhor a marca��o", disse o t�cnico Fernando Diniz ap�s a partida.
Durante a era Tite (2016-2022), marcada pelas elimina��es nas quartas de final das Copas de 2018 e 2022, os n�meros foram incontest�veis: 60 vit�rias, 15 empates e apenas seis derrotas. Mas a qualidade do jogo sempre foi questionada.
Com Diniz, a equipe s� teve alguns lampejos do estilo de jogo que levou o Fluminense � final da Copa Libertadores, na goleada sobre a Bol�via por 5 a 1 na estreia das Eliminat�rias.
"Estamos falando de sair de um jogo completamente posicional para outro completamente disposicional. � �gua e vinho. Precisa de tempo e a gente n�o tem. Treinamos dois dias e temos que tentar executar em campo. � preciso paci�ncia", disse o lateral Danilo.
- Falhas defensivas -
Desde que foi anunciado como t�cnico da sele��o, em julho, com contrato de um ano, Diniz advertiu que a mudan�a de estilo deveria ser gradual.
Seus jogadores no Fluminense j� disseram v�rias vezes que levaram meses para colocar em pr�tica o 'dinizismo', que vem dando resultados ao time carioca.
Fiel �s ideias do treinador, o Tricolor chegou � final da Libertadores, em que vai enfrentar o Boca Juniors no dia 4 de novembro, no Maracan�.
Dentro da Sele��o, a confian�a � de que Diniz pode melhorar o jogo, mas tamb�m h� preocupa��o com a perda de solidez defensiva, uma marca registrada de Tite.
O agora t�cnico do Flamengo comandou o Brasil em 14 jogos como mandante nas Eliminat�rias, nos quais sofreu dois gols, mesmo n�mero que o time de Diniz em apenas dois duelos.
"Esses detalhes e esses erros a gente tem que buscar consertar para n�o ser surpreendido", disse Neymar.
Corrigir as falhas ser� vital para enfrentar o Uruguai, uma equipe com poderio ofensivo muito maior do que Bol�via, Peru e Venezuela.
"Acho que para n�s � ter equil�brio e ir fazendo essa transi��o pouco a pouco, implementar as ideias do Diniz a cada oportunidade que temos para treinar e jogar", afirmou Danilo, que ser� desfalque contra os uruguaios por conta de uma les�o.
S�O PAULO