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Estado de Minas CONFLITO

Guerra Israel/Hamas: 400 mil moradores deixam Gaza, segundo a ONU

Enquanto moradores do enclave corriam contra o tempo para obedecer ultimato, premi� israelense avisou: "� s� o come�o"


14/10/2023 06:00 - atualizado 14/10/2023 08:39
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Palestinos com seus pertences lotam uma rua na Cidade de Gaza enquanto fogem de suas casas após o alerta do exército israelense em 13 de outubro de 2023.
Palestinos com seus pertences lotam uma rua na Cidade de Gaza enquanto fogem de suas casas ap�s o alerta do ex�rcito israelense em 13 de outubro de 2023. (foto: (MAHMUD HAMS / AFP))

Pressionados por Israel a abandonar suas casas, moradores da parte norte da Faixa de Gaza deixaram o enclave, em uma corrida desesperada antes que o prazo determinado por Tel Aviv — 18h de ontem, hor�rio de Bras�lia — chegasse ao fim. A p�, em carros e carro�as, mulheres, homens e crian�as partiram para fugir de bombardeios e de uma poss�vel ofensiva por terra. Mais de 1 milh�o de pessoas vivem na regi�o-alvo do Ex�rcito israelense, que est� atr�s dos ref�ns, aproximadamente 150, feitos pelo movimento fundamentalista Hamas.

Segundo a Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), 400 mil moradores de Gaza deixaram o local. "Gostaria de enfatizar: isso � apenas o come�o. Nossos inimigos apenas come�aram a pagar o pre�o. N�o vou detalhar agora o que ainda est� por vir, mas gostaria de dizer que isso � apenas o come�o", disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre a contra-ofensiva endere�ada ao Hamas. Ele afirmou que conversou com o presidente norte-americano Joe Biden, e outros l�deres mundiais, reunindo "tremendo apoio" internacional.

A desocupa��o for�ada dos civis em 24 horas, por�m, repercutiu mal na ONU. A relatora especial Paula Gaviria Betancu classificou a a��o como crime contra a humanidade. "A puni��o coletiva � proibida pelo direito internacional. Estamos horrorizados." Embora a opini�o da especialista n�o seja a posi��o oficial das Na��es Unidas, o porta-voz do secret�rio-geral, Ant�nio Guterres, emitiu nota falando em trag�dia. "Pedimos firmemente que essa ordem seja anulada, para evitar transformar o que j� � uma trag�dia em uma situa��o calamitosa", disse St�phane Dujarric.

Cr�ticas 

Em resposta, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, criticou a organiza��o e afirmou que o pa�s deveria, na verdade, ser elogiado por permitir a sa�da dos moradores antes de atacar o enclave. "Por anos, a ONU colocou sua cabe�a na areia ao encarar o terror do Hamas crescer em Gaza, enquanto recursos e fundos foram colocados em Gaza e foram direto para o cofre dos Hamas", discursou, antes da reuni�o do Conselho de Seguran�a (leia mais na p�gina 2). "Agora que Israel est� dando um aviso para a popula��o civil esvaziar Gaza, para evacuar �reas, valorizando vidas e minimizando a morte de civis, a ONU prefere condenar essas a��es preventivas."

Os ataques contra Gaza j� deixaram 1,9 mil mortos, em sete dias de conflito, iniciado no dia 7. Desses, 614 seriam crian�as, conforme o Minist�rio da Sa�de palestino. O Ex�rcito israelense afirmou que, no pa�s, foram 1,3 mil v�timas, sendo a maioria civis. Forte aliado de Israel, Joe Biden destacou ontem, contudo, que a crise humanit�ria em Gaza � uma prioridade. "N�o podemos perder de vista que a maioria avassaladora dos palestinos n�o tem nada a ver com o Hamas", disse, durante discurso na Filad�lfia.

L�bano

Os bombardeios israelenses tamb�m fizeram v�timas no L�bano. O cinegrafista Issam Abdallah, da ag�ncia de not�cias Reuters, morreu e outros seis jornalistas ficaram feridos no sul do pa�s. O grupo estava perto de Alma al-Shaab, na fronteira com Israel, quando foi atingido.

A ofensiva ocorreu ap�s integrantes de uma organiza��o palestina tentarem entrar em Israel pelo L�bano. "Estamos profundamente tristes por saber que nosso cinegrafista Issam Abdallah foi assassinado", diz um comunicado divulgado pela Reuters. O primeiro-ministro liban�s, Najib Mikati, afirmou que as for�as israelenses haviam "atacado diretamente jornalistas no contexto de seus cont�nuos ataques no territ�rio liban�s". Ant�nio Guterres expressou suas "mais sinceras condol�ncias" pela morte do cinegrafista. "Esperamos que seja feita uma investiga��o exata do que aconteceu", acrescentou St�phane Dujarric, seu porta-voz.

 


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