Durante sua visita � Ar�bia Saudita, o secret�rio americano teve um telefonema "produtivo" de uma hora com o ministro chin�s das Rela��es Exteriores, Wang Yi, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
"Nossa mensagem foi que ele acha que � do nosso interesse compartilhado impedir que o conflito se espalhe", disse Miller � imprensa no avi�o que levava Blinken de Riade, na Ar�bia Saudita, para Abu Dhabi, nos Emirados �rabes Unidos.
"Ele pensou que poderia ser �til, se a China pudesse usar sua influ�ncia", completou.
Pequim tem uma rela��o pr�xima com o Ir�, cuja lideran�a clerical apoia tanto o Hamas, o grupo isl�mico palestino que governa Gaza autor dos sangrentos ataques em Israel h� uma semana, quanto o Hezbollah, o grupo militante liban�s que poderia abrir uma segunda frente contra Israel.
Wang afirmou, por sua vez, que os Estados Unidos deveriam "desempenhar um papel construtivo e respons�vel, empurrando a quest�o de volta para o caminho de uma solu��o pol�tica o mais r�pido poss�vel", de acordo com uma nota publicada pelo Minist�rio das Rela��es Exteriores chin�s.
"Ao lidar com quest�es internacionais quentes, os principais pa�ses devem aderir � objetividade e � justi�a, manter a calma e a modera��o e assumir a lideran�a no cumprimento do direito internacional", frisou Wang.
O chanceler chin�s declarou, ainda, que Pequim pediu "a convoca��o de uma reuni�o internacional de paz, o mais r�pido poss�vel, para promover a obten��o de um amplo consenso".
"A sa�da fundamental para a quest�o palestina est� na implementa��o de uma 'solu��o de dois Estados'", ressaltou Wang.
As declara��es oficiais da China sobre o conflito n�o mencionaram o Hamas, especificamente, em suas condena��es da viol�ncia. Isso gerou cr�ticas de algumas autoridades ocidentais, alegando que essas falas eram muito fracas.
Os Estados Unidos consideram a China seu principal advers�rio global, mas as duas pot�ncias t�m trabalhado para estabilizar sua rela��o. Em junho, Blinken fez uma rara visita a Pequim.
Segundo o porta-voz Miller, o Oriente M�dio � um exemplo de �reas onde as duas pot�ncias podem trabalhar juntas.
O telefonema incluiu uma discuss�o sobre as rela��es China-EUA, que t�m sido fortemente tensas nos �ltimos anos por uma s�rie de quest�es comerciais e geopol�ticas espinhosas. Mas Wang sugeriu que h� alguns sinais positivos.
"China e Estados Unidos fizeram, recentemente, uma s�rie de contatos de alto n�vel, e as rela��es bilaterais parecem ter parado de escorregar e se estabilizaram", completou Wang.
"[Isso] foi bem-recebido pelos povos dos dois pa�ses e pela comunidade internacional", refor�ou.
ABU DHABI