(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas FAIXA DE GAZA

Bombardeio a hospital de Gaza gera indigna��o internacional

Ataque matou 200 pessoas que estavam internadas em um hospital em Gaza; movimento islamita Hamas atribuiu bombardeio a Israel


17/10/2023 22:37 - atualizado 17/10/2023 22:37
436

Ataque a hospital em Gaza
Pessoas se re�nem em torno de corpos de palestinos mortos em ataques a�reos israelenses no hospital Ahli Arab, no centro de Gaza (foto: Dawood NEMER / AFP)
Um bombardeio atribu�do pelo movimento islamita Hamas a Israel matou 200 pessoas em um hospital de Gaza nesta ter�a-feira (17), provocando uma onda de indigna��o internacional antes da chegada do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, �quela regi�o.

 

Segundo o Minist�rio da Sa�de do Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2006, "de 200 a 300 pessoas" perderam a vida no bombardeio realizado pelo "ocupante [israelense]" contra o hospital Al-Ahli Arab, na cidade de Gaza, e "centenas de pessoas est�o sob os escombros".

"O hospital abrigava centenas de doentes e feridos, assim como pessoas deslocadas � for�a" devido aos bombardeios israelenses, afirmou o comunicado, denunciando um "crime de guerra".

Israel atribuiu o bombardeio a uma "falha no lan�amento de um foguete" pela Jihad Isl�mica, outra organiza��o palestina que atua no enclave, que desmentiu, por sua vez, a acusa��o israelense e afirmou que Israel tenta "evitar a responsabilidade pelo massacre brutal que cometeu ao bombardear o hospital".

A Jord�nia, um pa�s que mant�m rela��es diplom�ticas com Israel, afirmou que Israel � respons�vel pela trag�dia.

Em resposta ao ataque, a Jord�nia cancelou uma reuni�o de c�pula regional prevista para esta quarta-feira em Am� para retomar o processo de paz no Oriente M�dio, da qual participariam o rei Abdullah II, da Jord�nia, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o presidente eg�pcio, Abdel Fattah al-Sissi.

Indignado 

 


A bordo do avi�o presidencial, Biden se disse "indignado e profundamente entristecido" com o ataque ao hospital, e acrescentou que instruiu sua equipe de seguran�a nacional a averiguar o ocorrido.

O secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, disse ter ficado "horrorizado" com o ataque e lembrou que "os hospitais e equipes m�dicas s�o protegidos pelo direito internacional humanit�rio".

A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) condenou veementemente o bombardeio e informou que "o hospital estava em funcionamento, com pacientes, cuidadores e pessoas deslocadas internamente que ali buscavam ref�gio".

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que administra a Cisjord�nia ocupada, decretou luto de tr�s dias "em toda a Palestina pelas v�timas do ataque a�reo israelense brutal".

A ag�ncia das Na��es Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) indicou, por sua vez, que pelo menos seis pessoas que se refugiaram em uma de suas escolas morreram e dezenas ficaram feridas em um ataque a�reo israelense.

Israel imp�s um cerco total a Gaza e bombardeia este enclave de 362 km² e cerca de 2,4 milh�es de habitantes desde o ataque letal realizado contra seu territ�rio em 7 de outubro por milicianos do Hamas.

Em sua incurs�o, os milicianos mataram cerca de 1.400 pessoas e levaram aproximadamente 200 como ref�ns para Gaza, de acordo com dados oficiais israelenses.

Os bombardeios em Gaza deixaram pelo menos 3.000 mortos, segundo o balan�o das autoridades locais.

- Viagem regional complicada -

O bombardeio ao hospital complica ainda mais a visita de Biden ao Oriente M�dio, que j� se anunciava como a mais delicada de sua gest�o.

O democrata pretende refor�ar sua solidariedade com Israel, desbloquear a ajuda a Gaza e agir para impedir uma deflagra��o em uma regi�o transformada em um barril de p�lvora.

Em Am�, capital jordaniana, dezenas de manifestantes tentaram invadir a embaixada israelense.

Em Teer�, capital iraniana, centenas de pessoas se concentraram em frente �s embaixadas da Fran�a e do Reino Unido, onde atiraram ovos e gritaram "morte" aos dois pa�ses europeus, enquanto outros milhares chegaram � pra�a da Palestina desta cidade para expressar sua revolta.

"As chamas das bombas americano-israelenses lan�adas nesta noite sobre as v�timas palestinas feridas no hospital de Gaza ir�o consumir em breve os sionistas", disse o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, citado pela ag�ncia Irna. Seu governo anunciou poss�veis "a��es preventivas" se Israel efetuar uma incurs�o terrestre em Gaza para atacar o Hamas.

O Egito, por sua vez, instou Israel a "parar de bombardear as proximidades do terminal de Rafah", um posto fronteiri�o no sul da Faixa de Gaza, para permitir a entrada de ajuda humanit�ria "o mais rapidamente poss�vel".

Toneladas de material humanit�rio est�o bloqueadas no deserto do Sinai, no Egito, aguardando a abertura desse terminal, bombardeado quatro vezes por Israel desde o in�cio desta guerra.

O Ex�rcito israelense ordenou na sexta-feira a evacua��o da regi�o norte da Faixa, onde vivem 1,1 milh�o de pessoas, com vistas a uma invas�o do enclave.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu "aniquilar" o Hamas e nesta ter�a-feira pediu que o mundo se una a Israel contra o Hamas.

"Da mesma forma que o mundo se uniu para vencer os nazistas (...), deve unir-se a Israel para vencer o Hamas", declarou.

- Drama humanit�rio -

O Hamas anunciou a morte de um de seus comandantes militares, Ayman Nofal, em um ataque israelense no campo de refugiados de Bureij, no centro da Faixa.

A tens�o tamb�m aumenta no norte de Israel, na fronteira com o L�bano, onde o Ex�rcito israelense anunciou ter matado nesta ter�a-feira quatro homens armados que tentavam cruzar a fronteira, em meio a trocas de tiros com o Hezbollah, aliado do Hamas.

O Hezbollah convocou "um dia de ira" para a quarta-feira, em rep�dio ao bombardeio do hospital.

Organismos internacionais alertam que os moradores de Gaza est�o ficando sem �gua, alimentos e combust�veis.

H� comida para mais "quatro ou cinco dias", alertou, nesta ter�a-feira, o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

Ap�s novos bombardeios israelenses, correspondentes da AFP no campo de refugiados de Rafah e na cidade vizinha de Khan Yunis (sul) observaram corpos em sacos pl�sticos, armazenados em um caminh�o de sorvete.

"A situa��o � mais catastr�fica do que eu poderia imaginar", disse Jamil Abdullah, um palestino-sueco que dormiu na rua.

"H� corpos nas ruas, edif�cios caem sobre os moradores. H� sangue por todos os lados", relatou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)