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Estado de Minas HAIFA

�rabes israelenses enfrentam repres�lias por expressar solidariedade com Gaza


21/10/2023 08:57
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�rabes israelenses e palestinos de Jerusal�m viraram alvos de uma campanha de deten��es e demiss�es depois que publicaram nas redes sociais mensagens de solidariedade com a Faixa de Gaza, bombardeada diariamente por Israel.

A campanha acontece em meio � guerra que come�ou ap�s a ofensiva do movimento islamista palestino Hamas contra o territ�rio israelense em 7 de outubro. O ataque deixou mais de 1.400 mortos, a maioria civis, segundo o Ex�rcito de Israel.

O grupo islamista, que governa o enclave palestino desde 2007, tamb�m sequestrou mais de 200 pessoas. Os bombardeios israelenses em resposta deixaram mais de 4.300 mortos, incluindo mais de 1.500 crian�as, segundo o Minist�rio da Sa�de palestino.

O conflito tamb�m � latente em Israel e nos territ�rios ocupados desde 1967.

Abir Bakr, advogada da cantora palestina Dalal Abu Amneh, relatou � AFP que a cliente compareceu a uma delegacia de pol�cia para registrar queixa depois de receber "centenas de amea�as de morte em ingl�s e em �rabe".

Por�m, as for�as de seguran�a n�o abriram uma investiga��o e a cantora foi "detida por um coment�rio que publicou no Facebook", disse Bakr.

"Ela foi algemada (...) submetida a insultos e humilha��es. Querem intimidar as pessoas e dar uma li��o com Dalal como exemplo", acrescentou a advogada.

Ap�s os primeiros bombardeios de Israel sobre Gaza, Abu Amneh escreveu no Facebook: "N�o h� vencedor sen�o Deus" e adicionou um emoticon com a bandeira palestina.

A cantora, que tem centenas de milhares de seguidores no Instagram, tamb�m trabalha como neurologista na cidade israelense de Haifa.

A pol�cia israelense explicou em um comunicado que ela foi detida por "incita��o � viol�ncia" e "comportamento suscet�vel de atentar contra a ordem p�blica".

Um tribunal de Nazar� determinou na quarta-feira a liberta��o da artista ap�s o pagamento de fian�a de 2.500 shekels (US$ 625, R$ 1.330). Mas ela foi colocada em pris�o domiciliar na casa de sua m�e e, por um per�odo de 45 dias, n�o poder� publicar nada relacionado � guerra.

- Medo de repres�lias -

O caso de Dalal Abu Amneh n�o foi o �nico. A pol�cia divulga diariamente informa��es sobre pessoas detidas porque escreveram ou expressaram interesse por publica��es nas redes sociais.

Algumas pessoas foram detidas depois que compartilharam v�deos dos israelenses assassinados durante a violenta incurs�o do Hamas, segundo a pol�cia.

Muitos �rabes israelenses e palestinos de Jerusal�m Leste, ocupada por Israel em 1967, se recusaram a falar com a AFP devido ao temor de repres�lias.

A pol�cia israelense anunciou na quarta-feira a deten��o de 76 pessoas em Jerusal�m Leste acusadas de "apoiar organiza��es terroristas" nas redes sociais.

Entre os detidos est�o um advogado, um chef de cozinha de uma restaurante israelense que foi demitido e um im�.

Uma associa��o de advogados tamb�m citou o caso de um jovem que ficou detido durante cinco dias por ter compartilhado fotos de crian�as de Gaza ao lado da frase "meu cora��o est� com voc�s".

Hassan Jabareen, diretor do Centro Adalah, organiza��o de defesa das minorias �rabes, explicou � AFP que "muitas pessoas de direita apresentam den�ncias contra cidad�os �rabes".

A advogada Abir Bakr tamb�m denuncia que "as tradu��es dos demandantes do �rabe para o hebraico s�o frequentemente equivocadas e provocam interpreta��es descontextualizadas".

- Demiss�es e manifesta��es proibidas -

O chefe de pol�cia Kobi Shabtai anunciou a proibi��o de "qualquer manifesta��o contra a guerra", uma medida que Adalah considera ilegal.

Segundo a imprensa israelense, ao menos 63 �rabes israelenses foram detidos nas �ltimas semanas por publica��es que supostamente "apoiam o terrorismo". O teor das mensagens n�o foi revelado.

O jornal Haaretz tamb�m informou que estudantes e trabalhadores enfrentam amea�as de demiss�es e processos judiciais por motivos similares.

O estado de emerg�ncia em vigor no pa�s "constitui terreno f�rtil para viola��es dos direitos individuais e, em particular, da liberdade de express�o", destacou o jornal em um editorial publicado na quarta-feira.

O Haaretz denuncia que "cidad�os �rabes que expressam opini�es diferentes da tend�ncia geral foram demitidos". A prefeitura de Rehovot, por exemplo, "exigiu que as empresas de constru��o assinassem um compromisso de n�o permitir trabalhadores �rabes nas obras".

Jaafar Farah, diretor da associa��o de defesa dos direitos humanos Musawah, afirmou � AFP que "desde o in�cio da guerra, quase 150 trabalhadores e quase 200 estudantes (�rabes) foram demitidos" por publica��es de apoio a Gaza nas redes sociais.


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