O Ex�rcito de Israel, em prepara��o para uma ofensiva terrestre, concentrou dezenas de milhares de soldados nas fronteiras do territ�rio estreito, onde vivem 2,4 milh�es de palestinos.
A comunidade internacional teme uma escalada da guerra, iniciada em 7 de outubro entre Hamas e Israel, com a propaga��o para outros pa�ses do Oriente M�dio. O governo do Ir� alertou que a regi�o � um "barril de p�lvora".
As autoridades israelenses informaram que mais de 1.400 pessoas morreram no pa�s desde 7 de outubro, a maioria civis e no mesmo dia da ofensiva dos combatentes do Hamas a partir da Faixa de Gaza.
Dentro do enclave, mais de 4.600 pessoas, a maioria civis, morreram nos bombardeios israelenses incessantes, segundo o balan�o atualizado divulgado neste domingo pelo Minist�rio da Sa�de do Hamas, que controla o territ�rio palestino desde 2007.
A Ag�ncia da ONU de Assist�ncia aos Refugiados Palestinos (UNRWA) anunciou neste domingo que 29 funcion�rios do organismo morreram desde 7 de outubro. A ag�ncia informou que metade eram professores e que, desde o in�cio do conflito, 12 pessoas deslocadas que se refugiaram nas escolas da ONU morreram e 180 ficaram feridas. No total, 38 instala��es foram danificadas.
O comboio de 17 caminh�es deste domingo foi o segundo de ajuda humanit�ria a entrar em Gaza, cercada por Israel desde 9 de outubro, e que enfrenta a falta de �gua, alimentos e combust�veis.
Entre os ve�culos enviados neste domingo estavam seis caminh�es-tanque com combust�veis para os geradores de eletricidade dos hospitais.
No s�bado, os primeiros 20 caminh�es de ajuda humanit�ria passaram pelo posto de Rafah, na fronteira com o Egito.
A ONU calcula que seriam necess�rios ao menos 100 caminh�es di�rios para atender �s necessidades de todos os habitantes de Gaza.
Os ataques a�reos de Israel destru�ram bairros inteiros no enclave. A cidade de Rafah, perto da fronteira com o Egito no sul, foi um dos alvos dos bombardeios.
"Est�vamos em casa dormindo, acordamos quando as janelas explodiram. Nos salvamos por milagre", disse Om Ahmad Abu Sanjar, moradora de Rafah.
Em 15 de outubro, Israel exigiu que os civis do norte da Faixa de Gaza seguissem para o sul, em busca de ref�gios contra os bombardeios.
Segundo a ONU, ao menos 1,4 milh�o de palestinos foram deslocados desde o in�cio do conflito e a situa��o humanit�ria no territ�rio � "catastr�fica".
- Funerais em Israel -
Ap�s o ataque do Hamas, Israel prometeu "aniquilar" o movimento islamista palestino.
Mas uma opera��o terrestre no enclave superpopuloso, repleto de armadilhas e t�neis, representa v�rios riscos para as tropas de Israel, que tamb�m enfrentam combatentes do Hamas habituados � batalha na regi�o e que mant�m mais de 200 ref�ns israelenses e estrangeiros sequestrados no primeiro dia da ofensiva.
A seis quil�metros da fronteira com Gaza, o kibutz de Beeri, onde combatentes do Hamas massacraram pelo menos 100 pessoas, se prepara para mais funerais.
"N�o tenho certeza se algum de n�s consegue assimilar e compreender o que aconteceu", declarou Romy Gold, ex-paraquedista de 70 anos, antes dos funerais de cinco parantes.
- "Um barril de p�lvora" -
As hostilidades tamb�m alcan�aram a fronteira entre o norte de Israel e o sul do L�bano, com ataques recorrentes entre o Ex�rcito israelense e o grupo Hezbollah pr�-Ir�, aliado do Hamas. Os moradores dos dois lados abandonaram suas casas.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu que o grupo liban�s Hezbollah cometeria o "erro de sua vida" se decidisse entrar em guerra com o pa�s.
"N�s atacar�amos com uma for�a que n�o podem sequer imaginar e isto seria devastador para o Estado do L�bano", declarou Netanyahu durante uma visita �s tropas no norte do pa�s.
O chefe do Pent�gono, Lloyd Austin, afirmou que os Estados Unidos "n�o hesitar�o em atuar" militarmente contra qualquer "organiza��o" ou "pa�s" que caia na tenta��o de "ampliar" o conflito.
O ministro iraniano das Rela��es Exteriores, Hosein Amir Abdolahian, afirmou que a "regi�o � como um barril de p�lvora e alertou os governos dos Estados Unidos e de Israel que a situa��o pode ficar "incontrol�vel".
Na Cisjord�nia, outro territ�rio palestino ocupado, mais de 90 pessoas morreram desde 7 de outubro em ataques do Ex�rcito ou de colonos israelenses, segundo o minist�rio palestino da Sa�de.
E no sul de Israel, o Ex�rcito anunciou que um de seus tanques atingiu "por engano" uma posi��o eg�pcia na fronteira e afirmou que "lamenta" o incidente. O Ex�rcito do Egito anunciou que soldados ficaram "levemente feridos", mas n�o informou quantos.
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RAFAH
Novo comboio de ajuda humanit�ria entra em Gaza; Israel intensifica bombardeios
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