Policiais prenderam 12 suspeitos de "a��es terroristas" e a Prefeitura decretou est�gio de aten��o, o terceiro n�vel de alerta em uma escala que vai at� cinco.
O governador Claudio Castro disse, durante coletiva de imprensa, que o inc�ndio dos �nibus foi uma resposta de grupos criminosos, depois que as for�as policiais acertaram "um duro golpe em uma das maiores mil�cias da zona oeste" da cidade.
A opera��o terminou na morte de Faust�o, sobrinho e "bra�o direito" de Zinho, suposto chefe da mil�cia na zona oeste do Rio. Segundo Castro, Faust�o "era conhecido como 'senhor da guerra', respons�vel pela guerra da fac��o e pela uni�o entre o tr�fico e a mil�cia, criando as narcomil�cias".
- 'M�fias nacionais' -
No meio da tarde, os criminosos come�aram a atear fogo em coletivos, segundo as autoridades.
Foi o dia com mais �nibus queimados na hist�ria do Rio de Janeiro, informou � AFP a Rio �nibus, o sindicato das empresas de �nibus da cidade, que contabilizou um total de 35 ve�culos incendiados.
A Supervia, operadora de trens urbanos do estado, confirmou � AFP que criminosos atearam fogo � cabine de um trem.
Segundo o governador, o inc�ndio de coletivos foi uma resposta da criminalidade � a��o do poder p�blico.
Castro alertou o crime organizado a n�o desafiar o Estado e prometeu continuar combatendo as mil�cias no Rio de Janeiro. Mas deu a entender que o problema � maior e extrapola as fronteiras do estado, ao afirmar que estas "organiza��es s�o verdadeiras m�fias nacionais".
"O problema da seguran�a p�blica e muito maior que o Rio de Janeiro [...] � problema do Brasil inteiro", disse.
A Prefeitura decretou est�gio de aten��o devido a "ocorr�ncias de alto impacto" na infraestrutura e na log�stica da cidade, que afetaram a popula��o.
Segundo o prefeito Eduardo Paes, o servi�o de transporte foi interrompido na densamente povoada zona oeste da cidade.
"Quando o sujeito, al�m de bandido, � burro. Milicianos da zona oeste queimam �nibus p�blicos pagos com dinheiro p�blico para protestar contra a opera��o policial", publicou o prefeito no X, o antigo Twitter.
Filas de carros passavam ao longo das carca�as chamuscadas dos �nibus, � medida que os moradores retornavam para casa.
A Avenida Brasil, importante liga��o entre a periferia e o centro da cidade, chegou a fechar, com um �nibus atravessado na pista, segundo imagens exibidas na m�dia.
Integradas em grande parte por ex-membros das for�as policiais, as mil�cias surgiram como uma alternativa � luta contra o tr�fico de drogas.
Mas foram se expandindo at� dominar vastos territ�rios da cidade � base de extors�es, venda ilegal de servi�os como seguran�a, g�s, transporte e internet.
Atualmente, mil�cias armadas e traficantes disputam territ�rios para o tr�fico de drogas na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
X
RIO DE JANEIRO