A comiss�o que organizou as elei��es internas da oposi��o, que n�o recebeu assist�ncia do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), anunciou na noite de hoje um segundo boletim, ap�s a apura��o de 64,88% das atas, em que Mar�a Corina obtinha 92,56% dos votos, ou 1,47 milh�o do 1,59 milh�o j� apurado.
Vencedora das prim�rias, Mar�a Corina se torna a candidata da oposi��o para enfrentar Nicol�s Maduro nas elei��es do ano que vem, por�m est� inabilitada para exercer cargos p�blicos por 15 anos e, teoricamente, n�o poderia inscrever sua candidatura.
"� lament�vel que zombem de um grupo importante", disse Maduro em seu programa de TV, onde estimou que entre 550 mil e 700 mil eleitores participaram das prim�rias. "� a cr�nica de uma morte anunciada, cr�nica de uma fraude anunciada."
"N�s respeitamos esse grupo de eleitores e fa�o a eles um pedido: n�o se deixem enganar, n�o se deixem levar por uma aventura de �dio", acrescentou o presidente.
Mar�a Corina, uma engenheira industrial de 56 anos, promete acabar com o socialismo e impor uma economia liberal, com privatiza��o de empresas p�blicas como a Petr�leos de Venezuela (PDVSA).
A candidata liberal entrou para a pol�tica em 2002, com uma ONG que estimulou um referendo revogat�rio contra o falecido presidente Hugo Ch�vez (1999-2013). Foi eleita deputada em 2011, mas teve o mandato cassado em 2014, por participar como "embaixadora alternativa" do Panam� de uma reuni�o da OEA na qual denunciou supostas viola��es dos direitos humanos durante os protestos daquele mesmo ano que pediam a sa�da de Maduro e que deixaram 40 mortos.
- Inabilita��o -
"Em 2024, iremos vencer essa elei��o presidencial, iremos cobrar, iremos expulsar Nicol�s Maduro e seu regime e come�aremos a reconstruir a nossa na��o", declarou Mar�a Corina diante de apoiadores ap�s a divulga��o do primeiro boletim, em que j� aparecia claramente como vencedora.
A inabilita��o da candidata, inicialmente por 12 meses e que terminou em 2016, foi prorrogada por 15 anos em 30 de junho, no auge da sua campanha. A Controladoria, comandada pelo agora presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, acusou a ex-deputada de corrup��o e de promover san��es contra o pa�s.
"N�o existe uma �nica possibilidade, nem uma, nem meia, de que uma pessoa que esteja inabilitada possa ser habilitada para participar de uma elei��o presidencial", ressaltou o n�mero dois do chavismo, Diosdado Cabello.
Em segundo lugar na apura��o aparece Carlos Prosperi, do partido tradicional A��o Democr�tica (AD), que denunciou irregularidades no processo. Ele obteve 70.819 votos, ou 4,45% do total.
Embora Prosperi n�o tenha reconhecido o resultado, a AD mostrou-se disposta a apoiar Mar�a Corina nas elei��es presidenciais. "Uma vit�ria contundente, muito clara", disse Henry Ramos Allup, secret�rio nacional do partido.
Outros candidatos reconheceram o resultado e manifestaram apoio � vencedora das prim�rias.
X
CARACAS