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Estado de Minas MEMPHIS

Rio Mississippi, importante rota fluvial dos EUA, est� perigosamente baixo


24/10/2023 11:48
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Em meio a um Mississippi cada vez mais baixo, uma embarca��o arrasta um gigantesco artefato de suc��o com bordas met�licas pelo leito do principal rio dos Estados Unidos para remover sedimentos das rotas de navega��o.

A tripula��o da draga Hurley est� trabalhando 24 horas por dia h� meses para aprofundar os canais de modo que os navios possam passar.

"Temos trabalhado quase sem parar desde o outono passado, em todos os lugares, de Nova Orleans a St. Louis", no Missouri, disse o capit�o desta embarca��o, Adrian Pirani.

Pelo segundo ano seguido, os n�veis de �gua do Rio Mississippi ca�ram para a menor marca hist�rica em meio a uma longa seca.

Irreconhec�vel pelos moradores da regi�o, que afirmam nunca t�-lo visto assim, a rota � fundamental para os agricultores que transportam seus produtos, e que assistiram frustrados � paralisa��o do tr�fego.

Operada pelo Corpo de Engenheiros do Ex�rcito americano, a draga Hurley est� escavando pela terceira vez no mesmo local, perto de Memphis, no estado do Tennessee. A embarca��o raspa e aspira a lama do fundo do rio e a despeja na margem para deixar este afluxo naveg�vel.

Pirani diz que trabalha muitas horas "para que o com�rcio n�o pare".

"Venho de uma fam�lia de agricultores daqui, do outro lado do rio. Ent�o � algo pessoal para mim (...) Farei tudo o que puder para manter o rio funcionando", contou � AFP.

- "N�o � normal" -

Para estes trabalhadores rurais do Meio-Oeste americano, o rio Mississippi � uma parte indispens�vel de sua rede de transporte. Mas a seca deixou esta via fluvial mais estreita e menos profunda, o que limita a capacidade deste abastecimento.

No in�cio do outono (primavera no Brasil), os agricultores trabalham a todo vapor para colher soja e milho. Com o transporte fluvial limitado, eles est�o correndo para lidar com o enorme ac�mulo de estoques.

O temor � de que a crise h�drica se torne o novo normal, j� que no ano passado foi quebrado um recorde que existia desde 1988. A marca foi atingida novamente em setembro e outubro.

Segundo Anna Wolverton, especialista do Servi�o Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos, a seca registrada em 2022 "se prolongou at� este ano e piorou", acrescentando que "n�o � normal vermos isso em anos consecutivos".

O fluxo do rio enfraqueceu tanto que, no sul do Louisiana, a �gua salgada do Golfo do M�xico invadiu a trecho e contaminou a �gua pot�vel de algumas cidades.

Sarah Girdner, hidr�loga do Corpo de Engenheiros do Ex�rcito americano, explicou � AFP que na �rea ao redor de Memphis, os medidores que controlam a profundidade do Mississippi foram deixados secos pelo recuo das �guas.

A explica��o, segundo ela, est� ligada � mudan�a dos "padr�es clim�ticos", disse, acrescentando, por�m, que efeitos de causalidade tamb�m est�o por tr�s deste incidente.

Em 50 anos trabalhando no Mississippi, Pete Ciaramitaro p�de observar as mudan�as, mas nada como dois anos consecutivos com t�o pouca �gua.

O diretor de opera��es fluviais da companhia mar�tima Southern Devall foi o �nico dos entrevistados pela AFP a associar explicitamente a seca � mudan�a clim�tica, um termo politicamente sens�vel nos Estados Unidos.

"Se algu�m tiver uma explica��o melhor, eu adoraria ouvi-la. Mas � a �nica em que consigo pensar: a mudan�a clim�tica", disse.


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