Macron prop�e a Israel e Autoridade Palestina coaliz�o internacional contra Hamas

O presidente da Fran�a, Emmanuel Macron, prop�s, nesta ter�a-feira (24), ao primeiro-ministro israelense e ao presidente da Autoridade Palestina combater o movimento islamista Hamas com uma coaliz�o internacional, em uma visita � regi�o, na qual tamb�m denunciou "o sofrimento" dos civis em Gaza.

Macron chegou a Am�, na Jord�nia, na noite desta ter�a, depois de visitar Jerusal�m, onde, al�m de se reunir com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, manteve um encontro com o presidente israelense Isaac Harzog.

Durante a reuni�o com Netanyahu, prop�s que a coaliz�o internacional criada em 2014 sob lideran�a dos Estados Unidos para enfrentar o grupo Estado Isl�mico na S�ria e no Iraque "tamb�m possa lutar contra o Hamas".

Al�m disso, o presidente franc�s alertou o Ir�, que apoia o Hamas, e seus aliados a "n�o correrem o risco de abrir novas frentes", defendendo uma retomada do "processo pol�tico com os palestinos".

O secret�rio de Estado americano, Antony Blinken, declarou horas mais tarde que Washington responderia de maneira "decisiva" a qualquer ataque do Ir�.

Depois, Macron se dirigiu a Ramallah, na Cisjord�nia ocupada, onde conversou com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas e garantiu que "nada pode justificar o sofrimento" dos civis em Gaza.

"Uma vida palestina vale o mesmo que uma vida francesa, que vale o mesmo que uma vida israelense", afirmou Macron, o primeiro dirigente ocidental a visitar a sede da organiza��o palestina - que n�o exerce nenhum poder na Faixa de Gaza - desde o in�cio da guerra.

Israel bombardeia sem tr�gua o pequeno e densamente povoado territ�rio palestino, em resposta ao ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro, e como prel�dio de uma prov�vel ofensiva terrestre.

Os bombardeios causaram pelo menos 50 mortes por hora, indicou na noite desta ter�a o movimento islamista, que controla a Faixa desde 2007.

Pelo menos 140 pessoas morreram na madrugada de hoje em outros ataques a�reos, de acordo com a mesma fonte. Desde o in�cio da guerra, 5.791 pessoas morreram no territ�rio palestino, incluindo 2.360 crian�as, segundo o movimento islamista.

- Duas ref�ns libertadas -

Em sua visita a Jerusal�m, Macron ressaltou a urg�ncia de libertar "todos os ref�ns, sem qualquer distin��o".

Ontem, o Hamas libertou as ref�ns Yocheved Lifshitz, de 85 anos, e Nurit Kuper, de 79, ambas de nacionalidade israelense. Uma americana e sua filha j� tinham sido libertadas tr�s dias antes.

Lifschitz disse hoje � imprensa que viveu um "inferno" e foi "agredida", ao ser sequestrada no kibutz Nir Oz. Depois, durante seu cativeiro de mais de duas semanas na Faixa de Gaza, contou que foi "bem tratada".

"Um m�dico vinha a cada dois ou tr�s dias para ver como est�vamos e garantir que t�nhamos medicamentos", acrescentou.

O Catar afirmou que os negociadores "esperam conseguir mais liberta��es", segundo o porta-voz do Minist�rio das Rela��es Extreriores do pa�s do Golfo, Majed al Ansari.

Centenas de combatentes do Hamas se infiltraram em Israel a partir de Gaza em 7 de outubro, durante um ataque sem precedentes desde a cria��o do Estado de Israel em 1948. Mais de 1.400 pessoas morreram, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses, que, al�m disso, contabilizam 220 ref�ns levados para Gaza.

"Queremos desmantelar completamente o Hamas: seus l�deres, seu bra�o militar e seus mecanismos de funcionamento", disse o chefe do Estado-Maior israelense, Herzi Halevi, rodeado de v�rios homens armados, em um v�deo publicado hoje na rede social X.

Israel imp�s um bloqueio terrestre, mar�timo e a�reo � Faixa de Gaza desde que o Hamas, classificado como organiza��o terrorista pelos Estados Unidos, pela Uni�o Europeia e por Israel, assumiu o poder em 2007.

- 'Tr�gua humanit�ria' -

A ajuda internacional come�ou a chegar do Egito pela passagem fronteiri�a de Rafah, o �nico ponto de acesso a Gaza que n�o est� sob controle de Israel. No total, cerca de 50 caminh�es entraram desde s�bado, embora, segundo a ONU, sejam necess�rios pelo menos 100 por dia.

A ajuda n�o inclui combust�vel e, segundo o presidente americano Joe Biden, n�o chega "r�pido o suficiente" a Gaza.

A Ag�ncia da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) advertiu que ser� obrigada a cessar suas opera��es em Gaza na noite de quarta-feira por falta de combust�vel.

O secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, voltou a insistir hoje que � necess�rio um "cessar-fogo humanit�rio imediato" e condenou as "claras viola��es do direito humanit�rio" na Faixa de Gaza.

Desde 15 de outubro, o Ex�rcito israelense tem pedido aos civis do norte da Faixa, onde os bombardeios s�o mais intensos, que fujam para sul. No total, pelo menos 1,4 milh�o de palestinos fugiram de suas casas desde o in�cio da guerra, segundo a ONU.

"Pedimos ao mundo inteiro que intervenha e detenha a guerra. A maioria dos que morrem s�o crian�as", declarou Ibrahim Abu Jazar, abrigado em uma escola de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.