O procurador Tarek William Saab, de linha pr�-governo, designou dois magistrados para a realiza��o desta investiga��o por suposta usurpa��o de fun��es eleitorais e de identidade, al�m da legitima��o de capitais e associa��o para a pr�tica criminosa.
"Obviamente � uma fraude. � uma zombaria � na��o, aos leitores que de boa f� compareceram �quele evento no domingo" 22 de outubro, sinalizou Saab em uma coletiva de imprensa.
"V�-se que aqui cometeram este ato � margem da lei, da Constitui��o, de forma fraudulenta e por isso a investiga��o em curso vai ter consequ�ncias", acrescentou.
As prim�rias foram organizadas pela pr�pria oposi��o, sem a gest�o do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que, ap�s meses de evasivas, finalmente prop�s no �ltimo minuto o adiamento do processo por um m�s para que conseguisse administrar o pleito. A vota��o e a apura��o foram manuais.
O processo foi muito criticado por dirigentes chavistas, que citaram manipula��o dos n�meros.
"A Constitui��o de 1999, vigente em nosso pa�s, (...) estabelece que o Conselho Nacional Eleitoral � o �rg�o encarregado de organizar as elei��es (...) de organiza��es com fins pol�ticos", insistiu Saab.
A oposi��o rebate as acusa��es e defende os resultados.
"A Plataforma Unit�ria Democr�tica da Venezuela rejeita categoricamente qualquer tentativa do regime de invisibilizar a vontade do povo", afirmou um comunicado divulgado pela oposi��o, que , assim como o governo, pede a ativa��o dos mecanismos de verifica��o do acordo assinado nas negocia��es em Barbados sobre condi��es eleitorais.
O procurador Saab afirmou que que Jes�s Mar�a Casal e Mildred Camero, presidente e vice-presidente da Comiss�o Nacional das Prim�rias (CNP), assim como outros integrantes da organiza��o, ser�o "citados como investigados".
Horas antes, o CNP havia informado que 2,4 milh�es de pessoas participaram das prim�rias de domingo, um n�mero que o chavismo afirma que foi inflado.
"Os organizadores deste evento usaram sem consentimento, e isto � grave, a identidade de in�meras pessoas que nem sequer compareceram a este evento eleitoral, usaram-na de forma professa e isso � um ato criminoso", afirmou o procurador.
O financiamento das prim�rias da oposi��o tamb�m � alvo de investiga��o.
"Onde est�o os livros que detalham o passo a passo da entrada de capital para realizar este ato eleitoral totalmente � margem da lei?", questionou Saab.
CARACAS