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Estado de Minas CARACAS

Oposi��o venezuelana anuncia candidata presidencial em meio a cerco judicial


26/10/2023 16:43
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A liberal venezuelana Mar�a Corina Machado, que venceu as prim�rias da oposi��o, foi anunciada, nesta quinta-feira (26), como candidata �nica da oposi��o, um dia ap�s o Minist�rio P�blico anunciar uma investiga��o contra os organizadores desta elei��o interna.

Machado, inabilitada para exercer cargos p�blicos por 15 anos, recebeu 92% dos votos, dos 2,4 milh�es registrados pela Comiss�o Nacional das Prim�rias (CNP) e que o governo rejeitou e classificou como fraudulentos.

"As prim�rias s�o uma conquista democr�tica, cidad�, pac�fica, constitucional e eleitoral", afirmou o presidente da CNP, Jes�s Mar�a Casal, na cerim�nia de an�ncio, sem fazer refer�ncia direta � investiga��o aberta pela Justi�a.

"Alcan�amos uma elevada taxa de participa��o" e "com alegria proclamamos a candidatura �nica e damos lugar a uma etapa tamb�m pac�fica e democr�tica para o bem da Venezuela", completou.

O procurador Tarek William Saab anunciou na quarta-feira a abertura de uma investiga��o contra Casal, sua vice-presidente, Mildred Camero, e outros integrantes da organiza��o das prim�rias da oposi��o.

Saab, de linha pr�-governo, designou dois magistrados para a realiza��o desta investiga��o por suposta usurpa��o de fun��es eleitorais e de identidade, al�m da legitima��o de capitais e associa��o para a pr�tica criminosa.

"Estarei presente quando me convocarem ao Minist�rio P�blico", disse Camero � AFP. "N�o me sinto mal, n�o tenho complexo de culpa. O que (o procurador) diz � diferente do que realmente fizemos, mas esses ser�o assuntos que ser�o discutidos no tribunal", declarou.

- "Contradi��o" -

As prim�rias foram organizadas pela pr�pria oposi��o, sem a gest�o do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que, ap�s meses de evasivas, finalmente prop�s no �ltimo minuto o adiamento do processo por um m�s para que conseguisse administrar o pleito.

O processo, que contou com a vota��o e a apura��o de forma manual, foi muito criticado por dirigentes chavistas, que citaram manipula��o dos n�meros.

Machado condenou a "ofensiva" contra a CNP, que tamb�m descreveu como uma "contradi��o".

"� totalmente ineficaz, o processo foi realizado, o resultado e o efeito pol�tico foram extraordin�rios (...), e todos os venezuelanos confiam nesses resultados", afirmou.

No entanto, o Chavismo insiste que mais de 600 mil pessoas n�o votaram, e � por isso que a Saab est� investigando o uso "sem consentimento" da "identidade de in�meras pessoas (...) de forma professa e esse � um ato criminoso".

Para V�ctor M�rquez, membro da CNP, "as acusa��es n�o t�m fundamento, mas como t�m poder e realizam um exerc�cio autorit�rio de poder, � poss�vel que tomem alguma medida fora do quadro da lei", criticou ele, que tamb�m rejeitou a den�ncia de usurpa��o de fun��es do CNE.

"Usurpar fun��es significaria que organiz�ssemos o processo para eleger o presidente da Rep�blica, os governadores, os prefeitos... E n�o foi essa a fun��o que lhe deixamos atribu�da", insistiu. "Os respons�veis pelo fato de n�o ter havido um processo eleitoral supervisionado pelo CNE � o pr�prio CNE", completou.

As prim�rias foram realizadas cinco dias ap�s a assinatura de um acordo em Barbados entre a oposi��o e o governo, que definiu as elei��es presidenciais para o segundo semestre de 2024 com observa��o internacional, com a quest�o das desqualifica��es de opositores como Machado ainda pendente.

"O problema da desqualifica��o foi resolvido por dois milh�es e meio de venezuelanos", insistiu a candidata.


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