"Aqueles que fazem parte do Conselho Nacional de Defesa sabem que a minha posi��o tem sido muito dura sobre a importa��o de armas no Paraguai, e pedi que seja suspensa", disse Pe�a, ap�s a assinatura de um acordo de luta contra o crime organizado com o ministro da Defesa brasileiro, Fl�vio Dino.
O acordo prev� um refor�o do combate ao crime organizado, � lavagem de dinheiro e � corrup��o. "A decis�o se deve ao fato de que a importa��o de armas constitui um dos grandes flagelos que atingem o Paraguai, principalmente nas �reas fronteiri�as, e tamb�m o Brasil", disse o governante.
O Paraguai havia suspendido a importa��o de armas em 2018, durante o governo de Horacio Cartes (2013-2018), mas a mesma foi restabelecida no governo de seu sucessor Mario Abdo Benitez.
Ex-ministro da Fazenda de Cartes, Pe�a estimou que grande parte das armas que entram legalmente no Paraguai v�o parar nas m�os de grupos criminosos que atuam no Brasil. "Seremos implac�veis com aqueles que n�o estiverem � altura do desafio", advertiu.
Fl�vio Dino, por sua vez, ressaltou que, no passado, a amea�a � soberania das na��es vinha de inimigos externos. "Hoje, n�o h� d�vida de que o maior desafio � ordem jur�dica democr�tica � o crime organizado, da� a necessidade de promover a��es conjuntas."
Autoridades falaram em combater as organiza��es brasileiras do crime organizado Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho, que t�m presen�a forte no Paraguai. A assist�ncia prev� a��es conjuntas nas pris�es, em coordena��o com autoridades penitenci�rias brasileiras, para combater os l�deres desses grupos.
"S�o verdadeiras multinacionais do crime, que possuem informa��es, tecnologia, poder de fogo e uma quantidade incont�vel de dinheiro", disse o ministro paraguaio do Interior, Enrique Riera, que considerou "uma epidemia" a inseguran�a na fronteira. "Se eles criaram uma multinacional do crime, uniremos nosso Estado, nossa for�a, nosso poder de fogo, nossa intelig�ncia e nossas informa��es para enfrentar com sucesso aqueles que pretendem destruir a nossa democracia", acrescentou.
Uma combina��o de diferen�as de pre�os, corrup��o de funcion�rios e impunidade generalizada fizeram da fronteira do Paraguai com o Brasil e a Argentina um dos corredores de contrabando mais movimentados do mundo, explicou � AFP o criminologista Juan Martens.
ASSUN��O