"Os Estados Unidos est�o totalmente com Israel", disse o ex-presidente Donald Trump, o presidenci�vel mais ovacionado da reuni�o anual da Coaliz�o Judaica Republicana (RJC, na sigla em ingl�s), em Las Vegas, que concentra potenciais doadores do partido.
O evento, que tradicionalmente serve como uma plataforma de campanha para os pr�-candidatos � Casa Branca, adquiriu, neste fim de semana, um tom de urg�ncia com a escalada do conflito no Oriente M�dio.
"A RJC foi criada para um momento como este", disse Norm Coleman, presidente da Coaliz�o. "Para garantir que os Estados Unidos apoiem Israel para fazer o que for necess�rio para eliminar o Hamas".
"Isto � sobre o bem contra o mal. Voc�s, ou est�o com Israel, ou est�o com as pessoas que massacram mulheres, crian�as e idosos, e os sequestram", disse a presidente do Comit� Nacional Republicano, Ronna McDaniel, dando o tom do evento.
"Os Estados Unidos est�o com os israelenses em sua miss�o de assegurar que o Hamas seja dizimado e que todas estas atrocidades sejam vingadas", sentenciou Trump, alfinetando o presidente Joe Biden, mas evitando atacar seus advers�rios republicanos.
Trump, que lidera as pesquisas para as prim�rias republicanas, mas � pressionado por seus problemas judiciais, arrancou aplausos ao prometer defender Israel "como ningu�m nunca fez".
"O conflito entre Israel e o Hamas n�o � um conflito entre lados iguais. � uma luta entre a civiliza��o e a barb�rie", disse, referindo-se ao ataque sem precedentes lan�ado pelo Hamas em 7 de outubro contra Israel, e que deixou mais de 1.400 mortos, a maioria civis.
- "Quimioterapia cultural" -
O evento come�ou com uma not�cia surpreendente logo pela manh�, quando o ex-vice-presidente de Trump, Mike Pence, anunciou sua sa�da da corrida eleitoral. "N�o � a minha hora", disse.
Fora disso, os discursos foram marcados pela ret�rica de cr�ticas ao governo do democrata Joe Biden e declara��es de apoio a Israel.
O governador da Fl�rida, Ron DeSantis, qualificou o ataque do Hamas como "o mais letal dos ataques contra o povo judeu desde o Holocausto".
Segundo colocado nas pesquisas, De Santis tamb�m evocou, assim como outros pr�-candidatos, o receio de uma escalada antissemita nas universidades americanas, defendendo uma ofensiva legislativa, al�m de um cerco econ�mico aos centros de ensino, bem como medidas migrat�rias contra estudantes estrangeiros.
DeSantis prometeu cancelar os vistos de estudantes que se manifestarem a favor dos palestinos, uma posi��o compartilhada pelos pr�-candidatos que discursaram antes dele.
"Precisamos de uma quimioterapia cultural para lutar contra este c�ncer", disse o senador Tim Scott.
"Qualquer estudante que defender assassinato e terrorismo deve ser expulso do campus. Qualquer estudante com um visto que promover o genoc�dio, deve ser deportado", acrescentou o senador.
O empres�rio Vivek Ramaswamy foi um dos mais moderados, embora tenha insistido em que n�o h� meio termo em sua solidariedade a Israel, advertindo que Washington deve dar um apoio diplom�tico contundente ao aliado, mas manter suas tropas � margem do conflito.
Este ano, com a escalada da viol�ncia no Oriente M�dio, ap�s o ataque do Hamas a Israel, a seguran�a do evento foi refor�ada com medidas extraordin�ria e ampla mobiliza��o de for�as de ordem.
A reuni�o, que contou com ades�es de �ltima hora, como o rec�m-eleito nomeado presidente da C�mara de Representantes, Mike Johnson, tamb�m serviu para homenagear as v�timas israelenses do conflito.
Al�m das mais de 1.400 v�timas fatais reportadas por Israel, as autoridades israelenses afirmam que o grupo islamista mant�m 230 ref�ns sequestrados na Faixa de Gaza, a maioria israelenses.
Enquanto isso, o minist�rio da Sa�de do Hamas informou, em seu �ltimo boletim, neste s�bado, que 7.703 pessoas, a maioria civis, morreram nos bombardeios israelenses contra Gaza.
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LAS VEGAS
Presidenci�veis republicanos declaram apoio a Israel em evento judaico nos EUA
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