"As fam�lias n�o dormem. Querem respostas. Merecem respostas", reivindicou, em Tel Aviv, Ha�m Rubinstein, de 35 anos, porta-voz do F�rum de Fam�lias de ref�ns e desaparecidos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniu neste s�bado com familiares dos ref�ns e informou-lhes que as autoridades examinariam "todas as op��es" para libert�-los.
Os dois objetivos da guerra, insistiu, s�o "destruir" o Hamas e "trazer os ref�ns de volta para casa".
O l�der do Hamas na Faixa de Gaza, Tahya Sinwar, afirmou que o movimento islamista estava disposto a fazer uma troca "imediata" dos ref�ns em seu poder pelos presos palestinos em Israel.
"Quanto mais os atingirmos, mais dispostos estar�o a chegar a algum tipo de acordo, e poderemos trazer para casa nossos queridos ref�ns", afirmou, por sua vez, o ministro da Defesa, Yoav Gallant.
As fam�lias dos ref�ns expressaram sua preocupa��o com a intensifica��o dos bombardeios e as incurs�es terrestres do ex�rcito israelense em Gaza desde a sexta-feira.
- "Agora!" -
"Seja qual for o acordo proposto, deve ser aceito de imediato", implorou Ifat Kalderon, cuja fam�lia est� em poder dos milicianos do Hamas.
Antes de serem recebidos por Netanyahu, os familiares dos ref�ns expressaram seu desespero em Tel Aviv e pediram a liberta��o de seus entes queridos. "Agora, agora, agora!", gritaram, aos prantos.
"Queremos que voltem agora. N�o comemos, n�o dormimos! Tragam-nos para casa, n�o t�m cora��o?", indignou-se Stella Samerano, segurando uma foto de seu neto, Jonathan.
Milicianos do Hamas entraram em territ�rio israelense em 7 de outubro por terra, mar e ar, a partir do sul de Gaza, no ataque mais letal desde a cria��o do Estado de Israel, em 1948.
Mais de 1.400 pessoas morreram do lado israelense, a maioria civis mortos pelo Hamas, segundo as autoridades israelenses, que identificaram 230 ref�ns sequestrados pelo grupo islamista no ataque. Apenas quatro mulheres foram libertadas.
Israel bombardeia desde ent�o a Faixa de Gaza. O Hamas, que governa este territ�rio desde 2007, afirma que os ataques a�reos j� deixaram mais de 8.000 mortos.
Os rostos e as hist�rias dos ref�ns s�o onipresentes nos jornais e nas redes sociais israelenses. S�o jovens, idosos, crian�as, adultos e, inclusive, rec�m-nascidos.
- "N�s os esperamos" -
A incurs�o das tropas israelenses em Gaza e a intensifica��o dos bombardeios alimentam a inquieta��o dos familiares.
O bra�o armado do Hamas afirmou na quinta-feira que "quase 50" ref�ns tinham morrido nos bombardeios israelenses desde 7 de outubro. A AFP n�o p�de verificar este dado de forma independente.
Na manh� deste s�bado, o ex�rcito israelense disse se concentrar nas redes de t�neis subterr�neos onde o Hamas realiza suas opera��es, um enorme labirinto onde est� pelo menos parte dos ref�ns.
Ilan Zercharya diz que est� "aterrorizado" desde a intensifica��o dos bombardeios. Sua sobrinha, Eden, foi sequestrada no festival Nova, onde mais de 230 pessoas foram assassinadas por combatentes do Hamas.
Neste s�bado, muitos vestiam camisetas com fotos de seus familiares estampadas.
Eles escreviam mensagens em um grande cartaz: "N�s os esperamos" ou "Por favor, libertem nossas crian�as, nossos irm�os, nossas irm�s, nossos pais".
Muitos lamentavam o sil�ncio das autoridades, alguns mostravam fotos de Netanyahu com o rosto manchado de sangue. Outros diziam entender o sigilo das opera��es. �s vezes, surgem tens�es, mas a ang�stia os une.
"Estou aqui porque preciso falar por eles", diz Inbal Zach, de 38 anos, cujo primo, Tal Shoham, foi sequestrado no kibutz de Be'eri, juntamente com outros seis membros de sua fam�lia.
"N�o sabemos nada sobre o que aconteceu com eles. N�o sabemos se foram executados, se receberam a visita de um m�dico, se t�m comida", explica.
A revolta contra os sequestradores toma conta de alguns. "Querem direitos? Eletricidade? �gua? Ajuda humanit�ria? Comida? Libertem os ref�ns! A equa��o � simples", afirma Zechariya.
TEL AVIV