(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas TEER�

Ir� multiplica amea�as, sem revelar as suas prioridades na guerra de Gaza


29/10/2023 14:43
436

O Ir� lan�a diariamente advert�ncias e amea�as contra Israel e os Estados Unidos, sem revelar at� agora as op��es que considera caso a guerra em Gaza entre Israel e o Hamas provoque uma conflagra��o regional.

Retoricamente, Teer� chegou � frente desde o primeiro dia da guerra, defendendo a causa do Hamas, o movimento islamista palestino que apoia h� anos.

Depois de aplaudir "o sucesso" do ataque sem precedentes do Hamas, lan�ado em 7 de outubro contra Israel, suas autoridades mencionam a guerra em cada uma das suas interven��es p�blicas.

Mas, para al�m das palavras, a estrat�gia do Ir� � decidida nas sombras, para deixar que os seus advers�rios declarados - Israel e Estados Unidos - e a comunidade internacional tentem adivinhar as suas verdadeiras inten��es.

Em Teer� e no exterior, os especialistas acreditam que o governo est� aberto a se adaptar aos desenvolvimentos da guerra, que se intensificou no s�bado (28) em Gaza, com bombardeios e confrontos terrestres entre combatentes do Hamas e soldados israelenses.

Neste momento, "o Ir� n�o est� interessado em se envolver diretamente na guerra", disse Hadi Mohammadi, pesquisador de pol�tica internacional em Teer�.

"Os iranianos deixaram claro desde o in�cio que n�o procuram envolvimento direto ou confronto", diz a iraniana Sara Bazoobandi, do Instituto Giga de Estudos do Oriente M�dio, com sede na Alemanha.

"O Ir� continua enviando alertas sobre uma poss�vel rea��o do Hezbollah (liban�s) e de outros grupos do que chama de 'frente de resist�ncia'", acrescenta. Embora seja necess�rio ter "cuidado" na forma como os formula, porque os riscos podem "ser altos".

Neste domingo, o presidente iraniano, Ebrahim Ra�ssi, acusou Israel de ter ultrapassado as "linhas vermelhas" ao intensificar a sua ofensiva contra o Hamas em Gaza, o que "poderia pressionar" outras partes "a agir".

"O Ir� considera que � seu dever" apoiar "o eixo de resist�ncia", que inclui grupos armados como o Hamas e o Hezbollah liban�s, acrescentou em entrevista � Al Jazeera. Afirmou ainda que estes grupos s�o "independentes nas suas opini�es, decis�es e a��es".

- "O custo pode ser alto" -

Estas declara��es p�blicas destinam-se a contrariar as acusa��es de Washington, que culpa o Ir� pelos ataques que atingiram tropas americanas na S�ria e no Iraque nos �ltimos dias e feriram cerca de vinte soldados americanos.

A Casa Branca afirmou que o Ir� "facilita ativamente" estes ataques e, segundo o Pent�gono, as organiza��es "que realizam estes ataques s�o apoiadas pela Guarda Revolucion�ria".

O presidente Joe Biden enviou "uma mensagem direta" ao l�der supremo do Ir�, o aiatol� Ali Khamenei, para alert�-lo contra quaisquer novos ataques por parte destes grupos.

Segundo a especialista Sara Bazoobandi, um dos objetivos estrat�gicos b�sicos de Teer� � "manter o conflito longe das suas fronteiras".

Mas "para defender a sua posi��o na regi�o, ter� de apoiar os grupos que aderem a ele durante esta crise". "O custo pode ser alto", acredita, enquanto os Estados Unidos refor�am a sua presen�a militar no Oriente M�dio.

O Ir� s� participar� diretamente "se Israel atacar o territ�rio iraniano ou se os seus interesses estrat�gicos forem amea�ados em outros pa�ses", afirma Hadi Mohammadi.

O comentarista pol�tico Abbas Aslani destaca ainda que � imposs�vel, neste momento, "prever o que vai acontecer". Mas "o Ir� ter� de reagir de uma forma ou de outra se o conflito for regionalizado ou se os seus interesses forem atacados por outras partes".

"Qualquer ato imprudente contra o Ir� provocar� uma forte rea��o", alertou o ministro da Defesa, Mohammad Reza Ashtiani, antes de uma s�rie de manobras militares serem realizadas no pa�s nos �ltimos dias.

Enquanto isso, os especialistas salientam que Teer� j� alcan�ou v�rios objetivos, como travar o processo de normaliza��o das rela��es entre a Ar�bia Saudita e Israel, sob os ausp�cios dos Estados Unidos. Outras capitais �rabes tamb�m se distanciaram de Israel.

Para Bazoobandi, o Ir� tamb�m considera que o ataque surpresa de 7 de outubro em Israel "humilhou os servi�os de seguran�a israelenses", que n�o conseguiram impedi-lo. "Imagino que para Teer� esta humilha��o p�blica possa ser suficiente, sem que seja necess�ria uma escalada".


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)