A ajuda humanit�ria chega a conta-gotas a este pequeno territ�rio palestino, onde as Na��es Unidas advertiram que a situa��o � "cada vez mais desesperadora", gerando o esfacelamento da "ordem p�blica" ap�s o saque de seus centros.
"Lamento que ao inv�s de uma pausa humanit�ria cruelmente necess�ria (...) Israel tenha intensificado suas opera��es militares", declarou neste domingo o secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres.
A situa��o em Gaza, onde vivem precariamente mais de dois milh�es de pessoas em 362 km�, � "cada vez mais desesperadora", acrescentou Guterres no Nepal.
"O mundo est� sendo testemunha de uma cat�strofe humanit�ria que se desenvolve diante dos nossos pr�prios olhos", continuou o secret�rio-geral.
"Mais de dois milh�es de pessoas, sem nenhum local seguro para onde ir, est�o sendo privadas do essencial para se viver - alimentos, �gua, abrigo e aten��o m�dica - enquanto s�o submetidas a um bombardeio incessante", disse.
O primeiro-ministro brit�nico, Rishi Sunak, e o presidente franc�s, Emmanuel Macron, insistiram na necessidade de um "apoio humanit�rio urgente em Gaza", destacou o gabinete do primeiro-ministro.
Ambos concordaram em "trabalhar juntos para fazer chegar alimentos, combust�vel, �gua e medicamentos a quem mais necessita, e retirar os cidad�os estrangeiros" do enclave, acrescentou.
A guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas se desencadeou ap�s um ataque dos islamistas contra o territ�rio israelense em 7 de outubro, que deixou mais de 1.400 mortos, a maioria civis.
Em resposta, o Ex�rcito israelense bombardeia sem cessar a Faixa de Gaza. O minist�rio da Sa�de do territ�rio, controlado pelo Hamas desde 2007, assegura que mais de 8.000 palestinos morreram at� o momento com os bombardeios.
- "A guerra � sempre uma derrota" -
Na Pra�a de S�o Pedro, no Vaticano, o papa Francisco repetiu, diante de 20.000 fi�is, seu apelo para o fim dos combates.
"Que se deixe espa�o para garantir a ajuda humanit�ria e que os ref�ns sejam liberados imediatamente" da Faixa de Gaza, declarou o pont�fice argentino.
"Que ningu�m renuncie � possibilidade de parar as armas", acrescentou. "Dizemos cessar-fogo. Parem, a guerra � sempre uma derrota, sempre", insistiu.
No 23� dia do conflito, Israel anunciou o aumento do n�mero de soldados presentes em Gaza, assim como a magnitude de suas opera��es terrestres no territ�rio palestino.
Tamb�m, neste domingo, o primeiro-ministro noruegu�s, Jonas Gahr St�re, lamentou a resposta desproporcional do Ex�rcito israelense em Gaza e descreveu a situa��o humanit�ria como "catastr�fica".
"O direito internacional exige que (a rea��o) deve ser proporcional. Os civis devem ser levados em conta e o direito humanit�rio � muito claro em rela��o a isso. Acredito que esse limite foi superado em grande medida", disse � r�dio p�blica NRK.
LONDRES