Segundo a organiza��o M�dicos Sem Fronteiras (MSF), antes do in�cio da Guerra entre o Estado de Israel e o Hamas, cerca de 300 a 500 caminh�es com suprimentos entravam diariamente em Gaza para ajudar a popula��o. Desde o �ltimo dia 20, foram autorizados a entrar no enclave apenas 118 caminh�es. “Uma resposta extremamente inadequada �s necessidades constantes e crescentes em Gaza”, destacou a organiza��o MSF, em publica��o.
“Antes do dia 7 de outubro, entre 300 e 500 caminh�es de suprimentos entravam em Gaza todos os dias, em uma regi�o onde a maioria das pessoas j� dependia de ajuda humanit�ria”.
De acordo com o presidente internacional da MSF, Christos Christou,
a entidade est� pronta para aumentar a ajuda humanit�ria a Gaza, com equipes e suprimentos m�dicos de prontid�o. “Mas, enquanto os bombardeios continuarem com a intensidade atual, qualquer esfor�o para aumentar a ajuda m�dica ser� inevitavelmente insuficiente”, disse.
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“Pessoas indefesas est�o sendo submetidas a bombardeios terr�veis. As fam�lias n�o t�m para onde correr ou se esconder enquanto o inferno � lan�ado sobre elas. Precisamos de um cessar-fogo agora”, acrescentou.
Armaz�ns
Ag�ncia da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) para Refugiados da Palestina (UNRWA) informou que milhares de pessoas invadiram ontem (28) armaz�ns e centros de distribui��o da ag�ncia nas �reas central e Sul da Faixa de Gaza para pegar farinha de trigo e itens b�sicos de sobreviv�ncia, como suprimentos de higiene pessoal.
“Este � um sinal preocupante de que a ordem civil come�a a ruir depois de tr�s semanas de guerra e de um cerco rigoroso a Gaza. As pessoas est�o assustadas, frustradas e desesperadas. As tens�es e o medo s�o agravados pelos cortes nos telefones e nas linhas de comunica��o pela internet. Eles sentem que est�o sozinhos, isolados das suas fam�lias dentro de Gaza e no resto do mundo”, disse o diretor de assuntos da UNRWA na Faixa de Gaza, Thomas White.
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De acordo com a ag�ncia da ONU, o deslocamento em massa de pessoas do Norte da Faixa de Gaza para o Sul faz com que a estrutura da regi�o Sul entrasse em colapso. H� fam�lias que receberam at� 50 parentes e agora est�o todos abrigados em uma mesma casa.
“Os fornecimentos no mercado est�o esgotando enquanto a ajuda humanit�ria que chega � Faixa de Gaza em caminh�es provenientes do Egito � insuficiente. As necessidades das comunidades s�o imensas, mesmo que apenas para a sobreviv�ncia b�sica, enquanto a ajuda que recebemos � escassa e inconsistente”, destacou White.
Segundo a ag�ncia, ontem (28), n�o houve ingresso de caminh�es com ajuda humanit�ria devido ao apag�o nas comunica��es: a UNRWA – principal intermediadora na recep��o e armazenamento de ajuda na Faixa de Gaza – n�o conseguiu estabelecer comunica��o com os diferentes agentes envolvidos no processo para coordenar a passagem do comboio.
“O atual sistema de comboios est� fadado ao fracasso. Muito poucos caminh�es, processos lentos, inspe��es rigorosas, suprimentos que n�o correspondem aos requisitos da UNRWA e de outras organiza��es de ajuda e, principalmente, a proibi��o cont�nua de combust�vel, s�o todos uma receita para um sistema falido”, disse White.
“Apelamos a uma linha de fluxo regular e constante de fornecimentos humanit�rios para a Faixa de Gaza para responder �s necessidades, especialmente � medida que as tens�es e frustra��es aumentam”, acrescentou White.
A UNRWA relatou que parte dos servi�os e liga��es � Internet foram restaurados hoje.