"Sejamos claros: o punhado de comboios autorizados atrav�s de Rafah n�o � nada comparado �s necessidades de mais de dois milh�es de pessoas presas em Gaza", disse Philippe Lazzarini, pedindo ajuda aos membros do Conselho de Seguran�a e exigindo um "cessar-fogo humanit�rio imediato".
Lazzarini lembrou que deve haver, por parte de Israel, mas sem cit�-lo, um "estrito respeito ao direito internacional", disse ao Conselho de Seguran�a, que tem sido incapaz de adotar uma resolu��o de condena��o do conflito e exigir um cessar-fogo humanit�rio, devido ao veto americano.
"N�o � uma op��o, � uma obriga��o", afirmou.
Da mesma forma, instou um fluxo de ajuda humanit�ria de forma "segura substancial e cont�nua", inclusive o combust�vel, que Israel impede porque pode servir ao Hamas.
"Os atentados horr�veis executados pelo Hamas em 7 de outubro em Israel foram chocantes. Os bombardeios incessantes das for�as israelenses contra a Faixa de Gaza s�o chocantes", disse ao Conselho de Seguran�a, que convocou uma reuni�o de emerg�ncia para analisar a situa��o de mais de dois milh�es de habitantes de Gaza, que est�o sendo "desumanizados".
"N�o h� lugar seguro em Gaza", repetiu. Mais de 670.000 deslocados est�o refugiados em escolas e pr�dios da UNWRA, vivendo em condi��es "angustiantes e insalubres", com alimentos e �gua limitados, dormindo no ch�o com sem colchonete ou ao ar livre.
"A fome e o desespero est�o se tornando revolta contra a comunidade internacional" e esta � representada pela UNWRA, lembrou.
Segundo a ONG Save the Children, 3.200 menores morreram em bombardeios israelenses em Gaza em tr�s semanas, lembrou, antes de alertar que 70% dos mortos na Faixa de Gaza s�o menores e mulheres.
"N�o pode ser um dano colateral", denunciou, antes de alertar que "outra crise est� se desenrolando na Cisjord�nia, incluindo Jerusal�m oriental", onde 115 palestinos morreram, entre os quais 33 crian�as, desde 7 de outubro.
Ap�s lembrar que "perdeu 64 colegas em tr�s semanas" - o �ltimo, Samir, morreu nesta segunda com sua esposa e oito filhos - as "atrocidades n�o absolvem o Estado de Israel de suas obriga��es sob o direito internacional", advertiu.
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