"Os argentinos t�m que escolher quem tem temperan�a, equil�brio mental e contato com a realidade para poder levar a Argentina adiante", disse Massa, um peronista de centro que se esfor�ou para mostrar serenidade, ao mesmo tempo que insistiu na import�ncia de que os dois candidatos sejam submetidos a uma avalia��o psicot�cnica.
Milei, um economista que se define anarco-capitalista, atacou Massa ao afirmar que ele � parte da "casta corrupta e 'chorra' (de ladr�es)". Tamb�m disse que "sua marca pol�tica est� no poder h� 16 anos".
A casta � formada por "ladr�es pol�ticos. Voc� tem todos eles ao seu lado, s�o os kirchneristas. Outro componente s�o os empres�rios prebend�rios, a grande maioria s�o seus amigos ou voc� tem neg�cios com eles", disse Milei a respeito de Massa no �ltimo debate, que aconteceu no audit�rio da Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires.
Os dois candidatos tentaram convencer os indecisos para o segundo turno de 19 de novembro, que deve ser uma disputa acirrada, na qual muitos eleitores sentem que devem optar pelo mal menor em um cen�rio de grave crise econ�mica, com �ndice de infla��o de 140% em termos anuais e 40% de pobreza no pa�s.
No primeiro turno, em 22 de outubro, Massa ficou em primeiro lugar com quase 37% de los votos, seguido por Milei com 30%. A terceira candidata mais votada, Patricia Bullrich (quase 24%), declarou apoio ao libert�rio no segundo turno.
"Quero ser presidente sabendo que alguns votar�o em mim sem estarem convencidos, como ve�culo para n�o escolher um caminho que � de viol�ncia e dano", declarou Massa, que prop�e um governo de unidade nacional, mais amplo que o peronismo, em caso de vit�ria.
Milei descreveu a elei��o como um dilema entre infla��o ou estabilidade, decad�ncia ou crescimento econ�mico, populismo ou rep�blica, e fez um apelo para que as pessoas votem "sem medo porque o medo paralisa, e se voc� paralisa voc� beneficia o status quo que nos empobrece".
Na reta final da campanha, Milei, que j� compareceu a eventos com uma motosserra, s�mbolo de sua inten��o de cortar os gastos p�blicos, est� mais comedido em suas propostas, mas ele repetiu no domingo que, se eleito, pretende acabar com o Banco Central e dolarizar a economia.
O pr�ximo presidente argentino assumir� o poder em 10 de dezembro para um mandato de quatro anos.
BUENOS AIRES