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Estado de Minas JERUSAL�M

Israel e Hamas aprovam tr�gua e liberta��o de ref�ns e prisioneiros


22/11/2023 18:31
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Israel e Hamas anunciaram, nesta quarta-feira (22), um acordo para a liberta��o de pelo menos 50 ref�ns em poder do movimento islamista em troca de 150 presos palestinos e uma tr�gua de quatro dias na Faixa de Gaza, ap�s semanas de guerra e cerco.

"O governo aprovou as linhas gerais da primeira etapa de um acordo, segundo o qual pelo menos 50 pessoas sequestradas (mulheres e crian�as) ser�o libertadas durante quatro dias, ao longo dos quais haver� uma pausa nos combates", informou Israel.

O Catar, um dos mediadores do acordo, juntamente com Estados Unidos e Egito, confirmou o acordo de uma "pausa humanit�ria", cujo in�cio "ser� anunciado nas pr�ximas 24 horas e vai durar quatro dias, com a possibilidade de prorrog�-la".

Segundo ve�culos de comunica��o regionais, a tr�gua vai come�ar �s 08h GMT (05h de Bras�lia) de quinta-feira.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que aceitar o acordo foi "uma decis�o complicada, mas uma decis�o acertada".

Seu gabinete estava sob press�o das fam�lias dos cerca de 240 ref�ns, sequestrados pelo grupo islamista Hamas durante o ataque de 7 de outubro em Israel, que deixou 1.200 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses.

"Estamos muito felizes", disse em um comunicado a principal associa��o israelense de fam�lias de sequestrados do Hamas, o F�rum de Ref�ns e de Fam�lias Desaparecidas. "Por enquanto, n�o sabemos exatamente quem ser� libertado, nem quando".

"Isto me d� esperan�as de que minhas filhas voltem", declarou Maayan Zin, m�e de duas meninas sequestradas em Gaza.

Desde o ataque de outubro, Israel lan�ou uma ofensiva contra Gaza que, segundo o Hamas, deixou mais de 14.000 mortos neste territ�rio palestino.

- "Extraordinariamente satisfeito" -

Duas fontes dos dois lados informaram que o acordo contempla a liberta��o de 50 ref�ns nas m�os do Hamas em troca de 150 presos palestinos em Israel.

O presidente americano, Joe Biden, disse estar "extraordinariamente satisfeito".

O acordo foi comemorado por grandes pot�ncias, como Alemanha, China, Fran�a, Reino Unido, Turquia e R�ssia.

A ONU tamb�m o qualificou de "passo importante", mas considerou que "ainda h� muito a fazer".

A Autoridade Palestina, que governa a Cisjord�nia, comemorou a not�cia, mas reiterou seu pedido de "uma cessa��o total da agress�o de Israel", declarou na rede social X o alto funcion�rio palestino Husein al Sheikh.

Um porta-voz da chancelaria do Catar explicou � AFP as modalidades do pacto. "A cada dia, um certo n�mero de ref�ns ser� libertado (...) at� chegar a 50 no quarto dia" de tr�gua, segundo Majed Al Ansari.

Um alto funcion�rio do Hamas informou � AFP que poderia haver "uma primeira troca de 10 ref�ns por 30 prisioneiros na quinta-feira".

Israel publicou uma lista com 300 presos palestinos que ser�o considerados, sem especificar quem ser� libertado.

"N�o sabemos quem ser� libertado primeiro e este � um problema para n�s na hora de informar as fam�lias", afirmou Amani Sarahneh, porta-voz do Grupo de Defesa dos Presos Palestinos.

Na lista de presos palestinos est� Shrouq Dwayat, condenada por tentativa de assassinato em um ataque a faca em 2015.

Sua m�e, Sameera Dwayat, n�o conseguia esconder a emo��o diante da poss�vel liberta��o da jovem de 26 anos. "Choro, rio, tremo", contou � AFP.

Ap�s esta primeira fase, outras trocas poder�o ocorrer durante uma extens�o da tr�gua, para a liberta��o de um total de 100 ref�ns por 300 presos palestinos, segundo Israel.

Nesta quarta-feira, o papa Francisco recebeu em separado no Vaticano familiares dos ref�ns israelenses e palestinos com parentes em Gaza, e pediu di�logo para evitar uma "montanha de mortos" pela guerra.

- Entrada de "comboios humanit�rios" -

O acordo representa um al�vio para a popula��o de Gaza, submetida a um "ass�dio total" por parte de Israel, que bloqueia o fornecimento de comida, �gua, eletricidade e medicamentos.

O Catar informou que a pausa humanit�ria vai permitir uma entrada maior de "comboios humanit�rios e ajuda, inclusive combust�vel".

Entre 200 e 300 caminh�es v�o entrar em Gaza, oito deles com combust�vel e g�s, segundo Taher al Nunu, funcion�rio do Hamas.

A ONU estima que a guerra tenha deslocado quase 1,7 milh�o dos 2,4 milh�es de habitantes da Faixa de Gaza.

O territ�rio palestino � atualmente o "local mais perigoso do mundo para uma crian�a", denunciou, nesta quarta, a diretora do Unicef, Catherine Russell.

V�rias ONGs internacionais afirmaram que a tr�gua n�o ser� suficiente para que a ajuda necess�ria chegue ao territ�rio, al�m de "n�o ser suficiente em termos de direitos humanos".

- "Que tr�gua?" -

Apesar do acordo, o governo israelense informou que suas for�as armadas "v�o continuar a guerra para devolver todas as pessoas sequestradas, eliminar o Hamas e garantir que n�o haja nenhuma amea�a para o Estado de Israel a partir de Gaza".

"Confirmamos que nossos dedos v�o continuar nos gatilhos", advertiu, por sua vez, o movimento islamista.

Israel parecia prosseguir com suas opera��es no norte de Gaza nesta quarta-feira.

Segundo a Defesa Civil, mais de 30 pessoas morreram em bombardeios em uma zona residencial do norte do territ�rio.

"Falam de tr�gua, mas que tr�gua? Uma tr�gua com feridos, mortos e casas destru�das? N�o queremos tr�gua se n�o podemos voltar para nossas casas, n�o queremos tr�gua por um pouco de comida", criticou Maysara al Sabbagh, refugiado em Khan Yunis, no sul deste territ�rio.

A guerra tamb�m gerou temores de uma conflagra��o regional, especialmente entre Israel e o Hezbollah liban�s e os rebeldes huthis de I�men, em suas fronteiras norte e sul, respectivamente.

O Ex�rcito israelense afirmou ter interceptado nesta quarta-feira um m�ssil de cruzeiro lan�ado em dire��o ao sul do pa�s, sem informar sua origem.


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