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Estado de Minas DUBAI

COP28 come�a em Dubai com lan�amento do fundo de perdas e danos pelo clima


30/11/2023 14:18
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A confer�ncia sobre a mudan�a clim�tica com maior participa��o da hist�ria come�ou nesta quinta-feira (30), em Dubai, com o lan�amento de um fundo de perdas e danos para os pa�ses mais afetados pelo fen�meno, um �xito que n�o conseguiu esconder as tens�es em torno do evento.

A decis�o hist�rica, aplaudida pelos delegados dos quase 200 pa�ses participantes da reuni�o, concretiza o principal resultado da COP27, realizada ano passado no Egito, onde foi aprovado o princ�pio da cria��o do fundo, mas sem definir seus detalhes.

"Felicito as partes por esta decis�o hist�rica. � um sinal positivo para o mundo e para o nosso trabalho", declarou o emiradense Sultan Al Jaber, presidente da COP28, que come�ou nesta quinta-feira e termina em 12 de dezembro.

"Escrevemos hoje uma p�gina da hist�ria (...) a rapidez com que o fizemos n�o tem precedentes", sublinhou.

A ado��o do texto logo na abertura da COP elimina o receio de que este compromisso seja questionado, o que teria prejudicado o resto das negocia��es.

Madeleine Diouf Sarr, presidente do grupo de pa�ses menos desenvolvidos, que representa 46 das na��es mais pobres, saudou uma decis�o que tem "enorme significado para a justi�a clim�tica".

Os compromissos iniciais s�o modestos: 225 milh�es de euros da Uni�o Europeia (cerca de 246 milh�es de d�lares ou 1,2 bilh�o de reais), 100 milh�es de d�lares dos Emirados �rabes Unidos (493,4 milh�es de reais) e apenas 17,5 milh�es de d�lares (86,3 milh�es de reais) dos Estados Unidos, entre outros.

- Uma iniciativa com limita��es -

O fundo tem suas limita��es, j� que n�o se trata de uma simples transfer�ncia de dinheiro dos pa�ses historicamente respons�veis pelas emiss�es.

O fundo estar� sob a �gide do Banco Mundial. Em contrapartida, os pa�ses em desenvolvimento ter�o uma forte presen�a no conselho de administra��o.

O sucesso foi prejudicado por acusa��es contra o presidente da COP28, Sultan Al Jaber, que supostamente teria usado o seu papel como presidente da confer�ncia nos �ltimos meses para negociar acordos petrol�feros.

"Me sinto otimista, motivado", reagiu em coletiva de imprensa o respons�vel emiradense, chefe da Adnoc, a empresa de petr�leo de um pa�s que possui a s�tima maior reserva de petr�leo do mundo.

Um falso comunicado de imprensa foi enviado aos milhares de jornalistas credenciados nesta COP (97.000 participantes no total, um n�mero recorde) anunciando a ren�ncia de Jaber ao cargo de presidente da Adnoc.

- O papel dos combust�veis -

Jaber, que tamb�m preside a empresa de energia renov�vel dos Emirados, garantiu que as conclus�es finais da COP28, no prazo de doze dias, devem mencionar "o papel dos combust�veis f�sseis".

Estes combust�veis s�o os principais respons�veis pelo aumento recorde das emiss�es de gases de efeito estufa, em um ano que foi tamb�m o mais quente j� registrado, segundo a Organiza��o Meteorol�gica Mundial.

A batalha sobre se estes combust�veis f�sseis devem ser completamente ou apenas gradualmente eliminados � uma das quest�es que gera discuss�es na COP.

"O mundo deve se concentrar na tarefa de reduzir as emiss�es, e n�o escolher as fontes de energia", afirmou um comunicado do grupo de pa�ses exportadores de petr�leo, a OPEP, nesta semana.

"Espero que aqueles que interv�m na #COP28 sejam estrategistas capazes de pensar no bem comum e no futuro dos seus filhos, mais do que nos interesses circunstanciais de alguns pa�ses ou empresas", pediu o papa Francisco em uma mensagem.

A COP28 deveria ser a primeira a receber um papa, mas uma gripe impediu a viagem do pont�fice.

A c�pula de l�deres, que reunir� mais de 140 chefes de Estado e de Governo nesta sexta-feira e s�bado, contar� com a presen�a do rei Charles III, entre outros.

Ap�s os discursos, os negociadores dever�o tamb�m assumir as consequ�ncias do primeiro balan�o dos compromissos de redu��o de emiss�es e das medidas de adapta��o e mitiga��o face � mudan�a clim�tica, realizada em setembro.

Nesta COP28 dever� ser estabelecido um refor�o destes compromissos nacionais (NDC, na sigla em ingl�s), mas as diferen�as s�o profundas entre os pa�ses que mais emitem e os que mais sofrem as consequ�ncias.

As decis�es em cada COP s�o tomadas por consenso.

Outras quest�es amea�am intrometer-se nos debates.

O presidente da COP anterior, o chanceler eg�pcio, Sameh Shukri, pediu um minuto de sil�ncio para "todos os civis mortos no atual conflito em Gaza".

O presidente de Israel, Isaac Herzog, e o chefe da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, confirmaram a sua presen�a na COP.


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