A pandemia do coronav�rus foi mencionada durante um total de 19 minutos e 18 segundos dos 115 minutos da reuni�o entre o presidente Jair Bolsonaro e ministros no dia 22 de abril, quando havia 45 mil casos de coronav�rus no Brasil e 2.906 mortes.
O tema da reuni�o era o Plano pr�-Brasil, um programa de recupera��o econ�mica para lidar com os efeitos da pandemia do coronav�rus. Hoje, um m�s depois da reuni�o, o Brasil tem contabilizados 330.890 pessoas infectadas e 21.048 mortes, tornando-se o segundo pa�s no mundo com maior n�mero de casos confirmados, atr�s apenas dos Estados Unidos.
O encontro ministerial foi gravado e o v�deo foi tornado p�blico nesta sexta (23) por decis�o do ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello. Ele determinou que trechos que envolvam men��es a outros pa�ses fossem mantidos em sigilo, ent�o o v�deo dura pouco mais que os 115 minutos, ou 1 hora e 55 minutos, dispon�veis.
A BBC News Brasil contou quantas vezes a pandemia foi mencionada na reuni�o, por meio de diferentes palavras como "coronav�rus", "covid", "pandemia", "doen�a", "distanciamento", "isolamento" e "�bito". Outras refer�ncias � pandemia sem usar especificamente uma palavra relacionada � crise tamb�m foram consideradas. Ent�o, a reportagem contou quantos segundos ou minutos foram usados pelo participante da reuni�o para mencionar a pandemia, considerando tamb�m o contexto dessa men��o.

O tempo tomado para abordar o coronav�rus representa 16% do total do per�odo da reuni�o. Em outros momentos, Bolsonaro queixou-se da atua��o da Pol�cia Federal, dizendo que iria interferir no �rg�o, falou de um sistema de informa��o "particular" e defendeu armar o povo por causas pol�ticas. Seu ministro da Educa�ao, Abraham Weintraub, defendeu a pris�o de ministros do Supremo Tribunal Federal e disse odiar o termo "povos ind�genas".
Grande parte das men��es � pandemia continham cr�ticas �s medidas tomadas por governadores e prefeitos para conter a dissemina��o do v�rus no Brasil.
No come�o da reuni�o, o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, pediu que cada ministro utilizasse no m�ximo 10 minutos para falar sobre "a retomada do crescimento econ�mico em resposta aos impactos relacionados ao coronav�rus".
Bolsonaro falou sobre o coronav�rus em quatro momentos distintos, dedicando 3 minutos e 6 segundos ao tema. Xingou governadores e o prefeito de Manaus, criticou o isolamento social e falou sobre "a desgra�a que vem pela frente", em refer�ncia a uma crise econ�mica durante a pandemia.
A ministra Damares Alves, da Fam�lia, Mulher e Direitos Humanos, foi quem mais falou sobre o coronav�rus, totalizando 4 minutos e 46 segundos. Ela questionou se o Supremo Tribunal Federal iria liberar o aborto a "todos que tiveram coronav�rus" no Brasil, disse sem apresentar provas que havia recebido informa��es de que ind�genas haviam sido contaminados de prop�sito para colocarem a culpa em Bolsonaro e que "nunca houve tanta viola��o de direitos no Brasil como neste per�odo", dizendo que pediria a pris�o de governadores e prefeitos.
O ex-ministro da Sa�de, Nelson Teich, falou sobre o tema durante 3 minutos e 44 segundos, dizendo que tinha um plano para a crise no Brasil e que se o governo "n�o mostrar para a sociedade que tem o controle da doen�a, da sa�da dela, qualquer tentativa econ�mica vai ser ruim".
J� o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que os minist�rios poderiam se aproveitar da "tranquilidade" da cobertura da imprensa, focada na crise do coronav�rus, segundo ele, para "ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas".
A reportagem tamb�m contou quantas vezes palavras relacionadas a coronav�rus foram ditas na reuni�o:
- Doen�a: 10
- Coronav�rus: 8
- Covid: 7
- �bito: 5
- Pandemia: 4
- Isolamento: 2
- Distanciamento: 1
Em que momentos a pandemia foi mencionada, por quem e em que contexto
Ministro da Casa Civil, general Braga Netto - 15 segundos
A primeira vez que a pandemia do coronav�rus � mencionada na reuni�o � por Braga Netto, quando ele explica, aos 3min37s da reuni�o, que seu objetivo � discutir a "retomada do crescimento socioecon�mico em resposta aos impactos relacionados ao coronav�rus". Ele mostra uma apresenta��o de Powerpoint enquanto explica o programa e convida os ministros a falarem por at� 10 minutos.
Ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni - 23 segundos
J� aos 17min52s da reuni�o, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, toma a palavra e diz: "Fomos acometidos de algo muito grave, que � uma doen�a, e que foi levado ao paroxismo da histeria porque serve a interesses de muitos, os mais variados, eu n�o vou aqui detalhar. Mas sinceramente, temos que rapidamente voltar ao que n�s est�vamos fazendo, porque n�s est�vamos no caminho certo e a prova disso � que todo mundo voltou a olhar o Brasil com respeito".
Ministro do Desenvolvimento Regional, Rog�rio Marinho - 47 segundos
Em seguida, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rog�rio Marinho, diz que "o que t� acontecendo hoje no mundo n�o tem par�metro nos �ltimos cem anos". Ele diz que o FMI prev� diminui��o de 3% do PIB mundial, e mais de 5% para o Brasil. "N�o tem paralelo. Em situa��es extraordin�rias, rem�dios extraordin�rios de forma circunstancial. Isso n�o significa que n�s tenhamos a necessidade de implantarmos uma pol�tica permanente. O ministro Braga Neto t�, na sua apresenta��o, ele estabelece inclusive o limite temporal e deixa claro que � uma pol�tica de Estado. O que eu pe�o � que n�s tenhamos aqui as mentes abertas. E que os dogmas, quaisquer que sejam eles presidente, sejam colocados de lado nesse momento."
Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles - 1 minuto e 24 segundos
A fala do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, repercutiu depois da divulga��o do v�deo, na tarde de sexta (22). Ele n�o fala exatamente sobre a covid-19, doen�a causada pelo coronav�rus, mas sobre como ela pode ser usada por todos os minist�rios para "passar as reformas infralegais de desregulamenta��o, simplifica��o", j� que, segundo ele, a imprensa est� focada na pandemia. "Pra isso precisa ter um esfor�o nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque s� fala de covid, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas", afirma.
Presidente Jair Bolsonaro - 3 minutos e 6 segundos
O presidente fala especificamente sobre a pandemia do coronav�rus em quatro ocasi�es. Diz, aos 27 minutos e 49 segundos da reuni�o, que vem "desgra�a pela frente". "Vai ser uma porrada muito maior do que voc� possa imaginar. N�o s�o apenas os informais. Eu acho que j� bateu a dez milh�es de carteira assinada, foi pro saco. E os governos estaduais n�o tem como pagar sal�rio pros ca ... n�o tem. Maio, metade dos estados n�o t�m... n�o vai ter como pagar sal�rio mais. A desgra�a t� a�. Eles v�o querer empurrar essa ... essa ... essa trozoba pra cima da gente, esse pessoal aqui do lado vai querer empurrar, e a gente vai reagir porque aqui n�o � saco sem fundo. T�?", diz. Em seguida, menciona o exame de coronav�rus que fez e reclama da OAB, que, segundo ele, "enche o saco" do Supremo para abrir processo de impeachment porque ele n�o apresentou os resultados do exame. "Essa frescurada toda, que todo mundo tem que t� ligado."
Em outra ocasi�o, reclama de presos soltos na pandemia para evitar a propaga��o do v�rus nos pres�dios superlotados do Brasil. "Imagina se tivesse estuprado uma filha nossa, um filho da puta desses ser posto em liberdade. Agora temos que se colocar no lugar dessas pessoas, desse pai que tem a filha estuprada, e o... e vagabundo foi posto na rua. Com uma decis�o, foda-se de quem seja, tem que jogar pesado em cima a�. .. pesado em cima disso."

Na terceira vez em que fala sobre o coronav�rus, reclama sobre a divulga��o da morte de um patrulheiro da Pol�cia Rodovi�ria Federal por covid-19. Diz ter ligado para o diretor-geral da Pol�cia Rodovi�ria, cobrando que as comorbidades do policial fossem citadas na divulga��o de sua morte.
"Ali na nota dele s� saiu Codiv-19 (sic). Ent�o vamos alertar a quem de direito, ao respectivo minist�rio, pode botar Codiv- 19 (sic), mas bota tamb�m tinha fibrose ... mont�o de coisa, eu n�o entendo desse neg�cio n�o. Tinha um mont�o de coisa l�, pra exatamente n�o levar o medo � popula��o. Porque a gente olha, morreu um sargento do Ex�rcito, por exemplo. A princ�pio � um cara que t� bem de sa�de, n�? Um policial federal, n�? Seja l� o que for, e isso da� n�o pode acontecer. Ent�o a gente pede esse cuidado com o colegas, t�? A quem de direito, ao respectivo minist�rio, que tem algu�m encarregado disso, n�? Pra tomar esse devido cuidado pra n�o levar mais medo ainda pra popula��o", afirma.
Comorbidades s�o um fator de risco para a covid-19, mas tamb�m h� casos de morte de pessoas aparentemente saud�veis e jovens. Al�m disso, segundo um estudo da Unifesp (Universidade Federal de S�o Paulo), mais da metade da popula��o adulta brasileira apresenta, ao menos, um dos fatores que aumentam o risco de manifesta��es graves da covid-19.
Em sua �ltima men��o ao tema, Bolsonaro diz que convidar� ministros para ir para Ceil�ndia e Taguatinga, regi�es administrativas do Distrito Federal. E diz que "uns merda de sempre" v�o reclamar de que ele rompeu o isolamento. "P�ssimo exemplo � o cacete, p�! Pior � t� passando fome! T� na merda, porra!", diz.
Presidente do BNDES, Gustavo Montezano - 16 segundos
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, diz que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem lhe orientado a "focar na reconstru��o, no dia seguinte". "Porque a crise da sa�de vai demorar alguns meses e a reconstru��o muito mais meses do que isso". Em seguida, ele diz subscrever as palavras de Salles, afirmando que � "um momento muito oportuno" para se "aproveitar". "Uma parte cr�tica � a legisla��o, ou funcionamento da m�quina p�blica."

Ex-ministro da Sa�de, Nelson Teich - 3 minutos e 44 segundos
Dias depois de assumir o minist�rio da Sa�de, Teich participa desta reuni�o. Come�a dizendo que estava chegando naquele momento e que por isso era importante mostrar como seu minist�rio trabalharia. "Enquanto a gente n�o mostrar pra a sociedade que a gente tem o controle da doen�a, da sa�da dela, qualquer tentativa econ�mica vai ser ruim, porque o medo vai impedir que voc� trate a economia como uma prioridade. Ent�o controlar a doen�a hoje � fundamental", afirma.
Ent�o, ele exp�e sua estrat�gia: em primeiro lugar, diz que focar� na informa��o. "Pra entender o que que � a doen�a, qual � a evolu��o dela, como � que t� infraestrutura pra cuidar da doen�a (...) se a gente olhar o Brasil hoje, ele � um dos melhores pa�ses em n�mero em rela��o a mortalidade. O que assusta � voc� ver que o hospital n�o consegue atender, � gente do frigor�fico, � gente que t� abrindo cova em algum lugar pra enterrar, e isso traz medo. E o medo impede que qualquer outra atividade tenha sucesso."
O segundo item, diz ele, � "estruturar a opera��o de cuidado", investindo em log�stica e na parte de compra. "Se eu tiver os hospitais funcionando, eu vou ter os pacientes tratados, eu n�o tenho a sensa��o da crise, o medo melhora e o restante pode entrar", afirma.
E a terceira coisa � "deixar claro um programa de sa�da do isolamento, do distanciamento". "N�o � que v� sair amanh�, mas a gente tem que ter um planejamento. Porque a� a gente realmente mostra que a situa��o t� na nossa m�o. Pode ser que demore um pouco, mas a gente t� controlando esse processo, que a gente n�o t� sendo um barco � deriva."
Por fim, Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, pergunta em quanto tempo Teich apresentar� um plano. O ex-ministro diz que est� "correndo contra o tempo". "Enquanto a gente n�o conseguir controlar a percep��o que a gente hoje tem condi��o de cuidar das pessoas, vai ser dif�cil, n�? E o problema da doen�a � que c� pega um sistema que se voc� falar em efici�ncia, os hospitais tem que ser eficientes. Ent�o quando voc� fala em efici�ncia... voc� vai quase no limite do cuidado. C� n�o tem ... c� n�o tem sobra, c� n�o tem gordura. Quando voc� pega uma doen�a que chega, que � muita gente ao mesmo tempo, voc� n�o consegue ter agilidade pra preparar o sistema para cuidar dela". Ele tamb�m se mostra preocupado com os problemas financeiros dos hospitais porque diminu�ram atendimentos.
Presidente da Caixa Econ�mica Federal, Pedro Guimar�es - 1 minuto e 39 segundos
A pandemia � mencionada na fala do presidente da Caixa Econ�mica Federal, Pedro Guimar�es, quando ele critica o isolamento social. Primeiro, diz ter "30 mil funcion�rios na rua" e chama o "home office" (trabalho remoto, de casa) de "frescurada". "Quer dizer, eu posso ter 30 mil brasileiros nas ag�ncias l� ... sabe quantas pessoas a Caixa est� pagando hoje? Sete milh�es de pessoas, e todo mundo em home office. Que porcaria � essa?"
Tamb�m diz que, se ocorresse com ele o que aconteceu com a fam�lia do deputado federal Luiz Lima (PSL-RJ), pegaria suas "quinze armas" e iria "matar ou morrer". Segundo o jornal O Globo, a mulher do parlamentar foi detida pela PM na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no dia anterior � reuni�o, acusada de descumprir decreto do governador Wilson Witzel, que pro�be que certos locais sejam frequentados para refor�ar o isolamento social na cidade.
Por fim, como Bolsonaro tem dito, Guimar�es fala que tomaria hidroxicloroquina caso tenha covid-19. Estudos apontam que o uso do medicamento pode trazer riscos a pacientes com covid-19. "Eu j� falei pra minha esposa: se tiver qualquer coisa, vou tomar um litro de hidrocorixisquina (sic), aquelas coisas todas", afirma.
Ministro das Rela��es Exteriores, Ernesto Ara�jo - 30 segundos
Trinta segundos foram usados pelo ministro das Rela��es Exteriores, Ernesto Ara�jo, para dizer que, depois da crise do coronav�rus, o Brasil ser� um dos cinco pa�ses a "definir a nova ordem mundial". "Outro dia, na conversa do presidente com o primeiro ministro da �ndia, o indiano disse que vai ser t�o diferente o p�s-coronav�rus do pr� quanto o p�s Segunda Guerra do pr�. Eu acho que � verdade, e assim como houve um Conselho de Seguran�a que definiu a ordem mundial, cinco pa�ses depois da Segunda Guerra, vai haver uma esp�cie de novo Conselho de Seguran�a e n�s temos, dessa vez, a oportunidade de estar nele e acreditar na possibilidade de o Brasil influenciar e forma ...ajudar a formatar um novo, �, ... cen�rio."
Ministra da Fam�lia, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves - 4 minutos e 46 segundos
Por quase a totalidade de sua fala, a ministra da Fam�lia, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, fala sobre a pandemia. Diz que "o mundo n�o ser� mais o mesmo" e que ser� preciso uma revis�o das pol�ticas p�blicas. Conta ter descoberto haver uma comunidade de ucranianos no Brasil quando foi "construir uma pol�tica de enfrentamento ao coronav�rus".
Dirige-se ao ex-ministro Teich e diz que "valores est�o em seu minist�rio tamb�m". "Neste momento de pandemia a gente t� vendo a� a palha�ada do STF trazer o aborto de novo para a pauta, e l� tava a quest�o de ... as mulheres que s�o v�tima do zika v�rus v�o abortar, e agora vem do coronav�rus? Ser� que v�o querer liberar que todos que tiveram coronav�rus poder�o abortar no Brasil? V�o liberar geral? O seu minist�rio, ministro, t� lotado de feminista que tem uma pauta �nica que � a libera��o de aborto. Quero te lembrar ministro, que t� chegando agora, este governo � um governo pr�-vida, um governo pr�-fam�lia."
Em seguida, conta ter ido a Roraima acompanhar "o primeiro �bito" de um ind�gena por coronav�rus porque recebeu a not�cia de que "haveria contamina��o criminosa em Roraima e Amaz�nia, de prop�sito, em �ndios, pra dizimar aldeias e povos inteiro pra colocar nas costas do presidente Bolsonaro".
Encerra dizendo que "nunca houve tanta viola��o de direitos no Brasil como neste per�odo". "Idosos est�o sendo algemados e jogado dentro de cambur�es no Brasil. Mulheres sendo jogadas no ch�o e sendo algemadas por n�o terem feitos nada ... feito nada. N�s estamos vendo padres sendo multados em noventa mil reais porque estavam dentro da igreja com dois fi�is. A maior viola��o de direitos humanos da hist�ria do Brasil nos �ltimos trinta anos est� acontecendo neste momento, mas n�s estamos tomando provid�ncias. A pandemia vai passar, mas governadores e prefeitos responder�o processos e n�s vamos pedir inclusive a pris�o de governadores e prefeitos. E n�s tamo subindo o tom e discursos t�o chegando."
Ministro do Turismo, Marcelo �lvaro Ant�nio - 1 minuto e 7 segundos
O ministro do Turismo, Marcelo �lvaro Ant�nio, come�a sua fala ressaltando que o turismo "vinha numa crescente muito importante", mas "obviamente no meio dessa pandemia foi o primeiro a ser impactado e de forma brutal".
Mais para frente, volta a falar do coronav�rus com uma proposta: "fazer com que hot�is possam abrigar os profissionais de sa�de, e s� os profissionais de sa�de". Ele diz que a gest�o anterior (do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta) n�o havia manifestado interesse na proposta, e acena na dire��o de Teich ao apresentar a ideia. Braga Netto diz, ent�o, que haveria reuni�o naquela tarde para tratar do assunto.
Ministra da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento, Tereza Cristina - 34 segundos
Em sua curta participa��o na reuni�o, a ministra da Agricultura assegura o presidente Jair Bolsonaro que, se "amanh� quiser fechar" o pa�s por conta da crise do coronav�rus, o Brasil seria autossuficiente em seus estoques, a n�o ser o de trigo, que disse ser preciso incentivar. Ela diz ter participado de uma confer�ncia com os ministros da Agricultura do G20 e relata que "depois do coronav�rus, [pa�ses] v�o colocar regras para ter estoque novamente", e que esse n�o seria o caso do Brasil.
Presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes - 47 segundos
A reuni�o termina depois de 1 hora e 55 minutos, e no �ltimo minuto o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, diz que "o n�mero de �bitos [por coronav�rus] ca�ram bastante". "J� n�o chegam mais na casa de 200. A minha sensa��o, de quem n�o � especialista no neg�cio, mas que observa os n�meros, � que o tal do pico, o tal do famoso pico, que gerava tantas preocupa��es, a minha sensa��o � que esse pico j� passou", afirma.
Ao que o ministro Braga Netto responde: "� que o senhor n�o viu o n�mero que n�s mostramos l� em cima, agora, mas isso � outra hist�ria".
Nesta sexta (22), 1.001 mortes em decorr�ncia da covid-19 foram registradas no Brasil.

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