
O Brasil j� tem 90.134 mortes e 2.553.265 casos confirmados de COVID-19 desde o in�cio da pandemia, segundo boletim do Conselho Nacional de Secret�rios de Sa�de (Conass) desta quarta-feira (29).
Nas �ltimas 24 horas, foram registrados no pa�s 1.664 �bitos e 72.377 casos novos da doen�a.
Na ter�a-feira, as secretarias estaduais de S�o Paulo e Paran� n�o informaram os n�meros de seus Estados pois alegaram problemas no abastecimento do banco de dados que forma o painel nacional.
O Estado com o maior n�mero de mortes � S�o Paulo (22.389), seguido pelo Rio de Janeiro (13.198), Cear� (7.643) e Par� (5.694).
O conselho criou uma plataforma para registrar os dados sobre o novo coronav�rus no pa�s ap�s o Minist�rio da Sa�de ter passado a divulgar, no in�cio do m�s passado, os n�meros de forma menos detalhada.
Ap�s a controv�rsia causada pela mudan�a e uma decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto, a pasta recuou e voltou a divulgar os n�meros completos.
O Brasil continua como o segundo pa�s do mundo com maior n�mero de casos e mortes na pandemia do novo coronav�rus, depois apenas dos Estados Unidos, que tem mais de 4,3 milh�es de casos e 150 mil mortes pela covid-19, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins.
Mudan�as e atraso na divulga��o de dados
O painel COVID-19, do governo, que costumava trazer diversos dados e gr�ficos sobre a doen�a, ficou fora do ar por algumas horas entre os dias 5 e 6 de junho. Quando voltou ao ar, trazia apenas os dados das �ltimas 24 horas e n�o fazia refer�ncia ao total de mortes.
Diversos dados detalhados deixaram de ser exibidos.
Tr�s dias antes, o hor�rio de divulga��o do material havia passado do in�cio da noite para as 22h, inicialmente por "problemas t�cnicos", de acordo com a assessoria de imprensa do Minist�rio da Sa�de, e, dois dias depois, porque os dados informados pelas secretarias estaduais de sa�de precisariam "de checagem junto aos gestores locais".
Perguntado na ocasi�o sobre altera��es no hor�rio de divulga��o, Bolsonaro brincou com o hor�rio do Jornal Nacional, da TV Globo, normalmente exibido por volta de 20h30.
"Acabou mat�ria no Jornal Nacional?", disse, rindo.
"Mas � para pegar o dado mais consolidado, e tem que divulgar os mortos no dia. Por exemplo, ontem, praticamente dois ter�os dos mortos eram de dias anteriores, os mais variados poss�veis. Tem que divulgar o do dia. O resto consolida para tr�s. Se quiser fazer um programa do Fant�stico todinho sobre mortos nas �ltimas semanas, tudo bem."
Governo quer recontar dados, diz ex-futuro secret�rio
O empres�rio Carlos Wizard, que assumiria o posto de secret�rio de Ci�ncia, Tecnologia e Insumos Estrat�gicos do Minist�rio da Sa�de, mas desistiu da empreitada em 7/6, disse ao jornal O Globo em 5/6 que o minist�rio deve recontar o n�mero de mortes causadas pelo novo coronav�rus.
Ele disse, sem apresentar provas, que gestores locais est�o inflando os dados para obter mais recursos.
"Tinha muita gente morrendo por outras causas e os gestores p�blicos, puramente por interesse de ter um or�amento maior nos seus munic�pios, nos seus estados, colocavam todo mundo como COVID. Estamos revendo esses �bitos", disse Wizard.
O Conselho Nacional de Secret�rios de Sa�de (Conass) negou as acusa��es.
"Ao afirmar que Secret�rios de Sa�de falseiam dados sobre �bitos decorrentes da COVID-19 em busca de mais 'or�amento', o secret�rio, al�m de revelar sua profunda ignor�ncia sobre o tema, insulta a mem�ria de todas aquelas v�timas indefesas desta terr�vel pandemia e suas fam�lias", diz nota publicada em seu site.
Pandemia
O primeiro registro do coronav�rus no Brasil foi em 26 de fevereiro. Um empres�rio de 61 anos, que mora em S�o Paulo (SP), foi infectado ap�s retornar de uma viagem, entre 9 e 21 de fevereiro, � regi�o italiana da Lombardia, a mais afetada do pa�s europeu que tem mais casos fora da China.
O novo coronav�rus, que teve seus primeiros casos confirmados vindos da China no final de 2019, � tratado como pandemia pela OMS desde 11 de mar�o.
As taxas de mortalidade pelo coronav�rus t�m variado consideravelmente de pa�s para pa�s, tamb�m segundo a Johns Hopkins. Enquanto locais como B�lgica, Reino Unido e It�lia t�m entre 14% e 16% de mortos entre os infectados, essa taxa tem sido de cerca de 6% em pa�ses como EUA e Brasil.
Estudos apontam que a grande maioria dos casos do novo coronav�rus apresenta sintomas leves e pode ser tratado nos postos de sa�de ou em casa. Mas, entre aqueles que s�o hospitalizados, o tempo de interna��o gira em torno de tr�s semanas, o que gera um impacto sobre os sistemas de sa�de, de acordo com a pasta, j� que os leitos de unidades de tratamento intensivo (UTI) ficam ocupados por um longo tempo, gerando uma crise de escassez de leitos em diversos Estados e munic�pios brasileiros.
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