O n�mero de mortes por covid-19 no Brasil tem ca�do h� semanas, mas em outubro ainda morrem mais pessoas neste pa�s sul-americano de 212 milh�es de habitantes do que na Uni�o Europeia, que tem 447 milh�es de habitantes, conta com uma popula��o mais velha e enfrenta uma segunda onda da pandemia.
Considerado os dados dos pa�ses da Uni�o Europeia, do Brasil e do Reino Unido, um levantamento do Centro Europeu de Controle e Preven��o de Doen�as (ECDC) aponta que o Brasil � o terceiro com o maior n�mero de mortes por 100 mil habitantes nas �ltimas duas semanas.
O primeiro � a Rep�blica Tcheca, com uma taxa de 6,53 por 100 mil habitantes. Em seguida aparecem a Rom�nia (4,76) e o Brasil (3,58).
Entre os quatro pa�ses mais populosos do bloco europeu, a Espanha tem 3,30, a Fran�a aparece com 1,86, a It�lia registra 0,92 e a Alemanha soma 0,31 morte por 100 mil habitantes.
Vale lembrar que a faixa et�ria � um elemento central para o tamanho da mortalidade por covid-19 em cada pa�s, e a popula��o brasileira tem uma idade mediana bem menor que a do bloco europeu: 33,5 anos x 42,8 anos.
Por outro lado, h� uma quest�o em voga: a segunda onda de covid-19 est� matando menos?
Pandemia volta a avan�ar na Europa

Segundo dados compilados pelo Centro Europeu de Controle e Preven��o de Doen�as (ECDC), o Brasil registrou 10,7 mil mortes de 1� de outubro a 17 de outubro.
Nos pa�ses que integram a Uni�o Europeia, o total de mortos no per�odo soma 9,1 mil. O patamar do Brasil ainda � superior mesmo com a inclus�o do Reino Unido, que saiu do bloco neste ano, o que totalizaria 10,6 mil mortes.
Desde o in�cio da pandemia, a covid-19 matou pelo menos 153 mil pessoas no Brasil e 151 mil na Uni�o Europeia, incluindo o Reino Unido, onde morreram 44 mil.
Mas o avan�o acelerado da doen�a no continente europeu deve fazer a situa��o atual se inverter at� o fim do m�s, caso as tend�ncias continuem sem grandes varia��es.
Praticamente todo dia algum pa�s da Europa anuncia novas medidas mais restritivas para conter a pandemia.

No domingo (18/10), o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, anunciou mudan�as nos hor�rios de funcionamento de escolas, bares, restaurantes e academias. "N�o podemos perder tempo, temos de implementar medidas para evitar um lockdown (bloqueio total da circula��o de pessoas), que pode comprometer gravemente a economia" disse ele.
A intensidade das medidas varia conforme a gravidade da situa��o. A Fran�a adotou toque de recolher noturno, a B�lgica decidiu fechar por quatro semanas todos os restaurantes e bares, a Su��a tornou obrigat�rio o uso de m�scaras em lugares fechados e a Alemanha instou os cidad�os a s� sa�rem de casa em caso de urg�ncia.
Em meio � segunda onda, algo que tem chamado a aten��o de especialistas � o fato de que a alta recente no n�mero de casos n�o tem sido acompanhada por um aumento proporcional das mortes e das entradas de pacientes em hospitais.
H� uma s�rie de hip�teses em debate sobre essa suposta letalidade menor.
Uma delas � que o aumento do n�mero de testes realizados passou a revelar mais casos brandos da doen�a, que n�o demandam interna��o, por exemplo.
Outra � que grande parte dos novos casos na Europa est�o ligados aos jovens, e, por consequ�ncia, a tend�ncia de quadros graves e mortes se torna menor.
Um terceiro ponto levantado � que os profissionais e os sistemas de sa�de parecem mais bem preparados para lidar com o coronav�rus, mesmo sem vacinas ou rem�dios que reduzam consideravelmente as mortes por covid-19.

Fala-se ainda em cuidados mais rigorosos com a popula��o idosa, que somou metade das mortes pela doen�a na primeira onda da pandemia na Europa.
Especialistas afirmam, no entanto, que ainda � cedo para celebrar uma segunda onda mais branda da doen�a e que nada garante que os hospitais n�o ficar�o lotados em breve no continente europeu.
Brasil em tend�ncia de queda
Desde o in�cio da pandemia no Brasil, em fevereiro deste ano, o Brasil tem vivido diferentes fases da doen�a em seu extenso territ�rio.
Inicialmente circunscrita aos grandes centros urbanos, a covid-19 j� atingiu praticamente todos os munic�pios do pa�s. Menos de 10, entre os 5.570, n�o registraram casos da doen�a.
O pico da pandemia no Brasil durou quase tr�s meses. De 5 de junho a 23 de agosto, a m�dia di�ria de mortes esteve acima de mil quase todos os dias.
E desde ent�o essa taxa tem ca�do com consist�ncia. Atualmente, o Brasil registra uma m�dia semanal de 488 mortes, o menor patamar desde o in�cio de maio. Mas ainda assim apenas �ndia (780) e EUA (700) superam o pa�s nesse quesito.
A queda de mortes da doen�a n�o significa, no entanto, que a pandemia esteja perto do fim no pa�s. Ou que todas as regi�es estejam registrando a mesma tend�ncia de queda.
H� sinais, inclusive, de uma segunda onda de casos em Estados que j� haviam superado um pico, como o Amazonas.
A Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta em seu mais recente relat�rio semanal sobre a covid-19 no pa�s que Estados como S�o Paulo, Minas Gerais e Paran� t�m alta probabilidade de estarem em tend�ncia de queda.
Recife e Rio de Janeiro, por exemplo, parecem ter conseguido interromper o aumento de casos.
No caminho oposto aparecem localidades como Amazonas, Par�, Maranh�o, Santa Catarina e Sergipe, com bastante probabilidade de uma tend�ncia de alta.
Em rela��o �s capitais, a institui��o afirma que Aracaju, Fortaleza, Macap�, Bel�m, Distrito Federal e Manaus apontam estar em uma trajet�ria de aumento dos casos.
Por fim, a Fiocruz adverte: "Embora a maioria das capitais esteja com sinal moderado (acima de 75%) ou alto (acima de 90%) de queda ou estabilidade no longo prazo, o cen�rio � de cautela" porque a doen�a ainda est� em um patamar bastante elevado para ser considerada sob controle.

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